ROMA, Oct 17, 2013 / 14:16 pm
O presidente da Hungria, Janos Ader, entregou ao Papa Francisco um documento em nome da Conferência Episcopal da Hungria, da diocese de Szombathely e do governo da República, no qual renova o convite ao Pontífice para visitar o país.
O chefe do Estado húngaro disse que o Papa "aceitou com gosto o convite", conforme informou o padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, mas comentou que "agora seria muito antecipado para falar do tempo exato de sua visita".
O Padre Lombardi indicou que ainda não se tem um projeto concreto da agenda do Papa para 2016, o momento mais previsível para a visita apostólica. Nesse ano se celebrarão os 1700 anos do nascimento em Sabaria, atual Szombathely, de São Martinho de Tours, bispo da cidade francesa de Tours, "primeiro santo da Igreja do centro da Europa".
São Martinho de Tours, cuja comemoração litúrgica é 11 de novembro, é o padroeiro principal da cidade e da arquidiocese de Buenos Aires, da qual foi arcebispo o Papa Francisco.
São Martinho de Tours nasceu em 316 numa família pagã de tradição militar. Servindo na guarda imperial romana nas Gálias (hoje França), a tradição afirma que um dia deu a metade da sua capa a um mendigo que padecia frio em Amiens. Depois do seu ato de misericórdia, Jesus Cristo mesmo lhe apareceu vestindo a capa e lhe agradeceu a generosidade.
Por causa desta experiência, Martinho pediu para ser batizado, deixou as armas e se retirou à vida monástica em um cenóbio fundado por ele mesmo em Ligugé, sob a direção de São Hilário de Poitiers durante dez anos. Neste tempo começou a estender-se sua fama de santidade e os relatos de milagres ocorridos graças a suas orações.
Em 370 foi ordenado Bispo de Tours contra a sua vontade, já que tinha sido convidado à cidade com a desculpa de visitar um doente grave. Ao encontrar-se na catedral o povo o aclamou como Bispo e não aceitou as razões de Martinho, que se considerava indigno desta responsabilidade. Uma vez na sede episcopal, fundou outro mosteiro e percorreu toda a diocese, deixando um sacerdote em cada povo, convertendo-se assim no fundador das paróquias rurais na França.
Nos 27 anos do seu ministério na diocese, o bispo Martinho foi distinguido pelo seu bom trato e extraordinária caridade, que só gerou inimigos entre aqueles que desejavam levar uma vida de vícios. Graças a uma revelação, teve conhecimento da proximidade de sua morte e, já doente, quis atender à súplica dos seus súditos com uma petição a Deus: "Senhor, se em algo ainda posso ser útil, não recuso nem rejeito qualquer trabalho e ocupação que queira me mandar". Entretanto, morreu em Candes, população da França, segundo lhe tinha sido revelado em 397.
A metade da capa do milagre que ocasionou sua conversão foi conservada como relíquia e é muito venerada. O relicário onde se guardava foi chamado pelos reis francos de "capela" (meia capa) e este nome passou a descrever os oratórios e pequenos templos.
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