VATICANO, Nov 18, 2013 / 15:03 pm
Ao presidir ontem a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco assegurou que frente às guerras e desastres naturais, Jesus nos ajuda e nos livra do fatalismo e das falsas visões apocalípticas.
"O Senhor também nos ajuda a não termos medo: diante das guerras, das revoluções, mas também das catástrofes naturais, das epidemias, Jesus nos livra do fatalismo e das falsas visões apocalípticas".
O Santo Padre recordou que "o Evangelho deste domingo consiste na primeira parte de um raciocínio de Jesus: o dos últimos tempos. Jesus o pronuncia em Jerusalém, perto do templo; e passa essa ideia precisamente para as pessoas que falavam do templo e da sua beleza. Porque era belo aquele templo!".
"Então Jesus disse: ‘Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído’. Naturalmente os discípulos lhe perguntaram: quando isso vai acontecer? Quais serão os sinais? Mas Jesus desvia a atenção destes aspectos secundários: ‘quando acontecerá?’, ‘como será?’, para falar de questões mais sérias ", que são duas, assinalou o Papa.
A primeira, indicou, é "não se deixar enganar pelos falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. Segunda: viver o tempo da espera como tempo de testemunho e de perseverança. E nós estamos neste tempo de espera, da espera da vinda do Senhor".
"Este discurso breve de Jesus é sempre atual, também para nós que vivemos no século XXI. Ele nos repete: ‘Cuidado, não se deixem enganar. Porque virão muitos em meu nome’".
Francisco assegurou que este "é um convite ao discernimento. Esta virtude cristã de compreender onde está o Espírito do Senhor e onde está o espírito do mal".
"Também hoje, com efeito, existem falsos ‘salvadores’, que tentam substituir Jesus: líderes deste mundo, santarrões, também bruxos, personagens que querem atrair para si as mentes e os corações, especialmente dos jovens. Jesus nos adverte: ‘Não os sigam!’. ‘Não os sigam!’".
O Papa indicou que o aspecto de viver no tempo da espera da vinda do Senhor "nos interpela, precisamente, como cristãos e como Igreja: Jesus preanuncia as provações dolorosas e as perseguições que seus discípulos deverão padecer, por sua causa. No entanto assegura: ‘Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça’. Lembra-nos que estamos totalmente nas mãos de Deus!".
"As adversidades que encontramos por causa da nossa fé e da nossa adesão ao Evangelho, são ocasiões de testemunho; elas não devem nos afastar do Senhor, pelo contrário, devem nos levar a nos abandonar ainda mais em suas mãos, no poder do seu Espírito e da sua graça".
Continuando, o Papa dirigiu o seu pensamento a "tantos irmãos cristãos que sofrem perseguições por causa da sua fé. São tantos! Provavelmente bem mais que nos primeiros séculos. Jesus está com eles".
"Também nós estamos unidos a eles com a nossa oração e solidariedade. Também sentimos admiração pela sua coragem e seu testemunho. São nossos irmãos e irmãs que em tantas partes do mundo sofrem por serem fiéis a Jesus Cristo. Saudamo-los de coração e com afeto".
Ao final, disse o Santo Padre, "Jesus faz uma promessa que é garantia de vitória: ‘Pela sua perseverança vocês salvarão suas vidas’. Quanta esperança nestas palavras! Elas são um convite à esperança e à paciência, ou seja, a sermos capazes de esperar os frutos seguros da salvação, confiantes no sentido profundo da vida e da história: as provações e as dificuldades fazem parte de um bem maior; o Senhor, dono da história, leva tudo a seu cumprimento".
"Apesar das desordens e das calamidades que se abatem sobre o mundo, o desígnio de bondade e de misericórdia de Deus se cumprirá!".
"Esta é a nossa esperança", indicou o Papa. "Ir assim, por este caminho, no desígnio de Deus que se cumprirá. É a nossa esperança".
"Esta mensagem de Jesus nos faz refletir sobre o nosso presente e nos dá a força para enfrentá-lo com coragem e esperança, na companhia de Nossa Senhora, que caminha sempre conosco", concluiu.
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