ROMA, Jan 29, 2014 / 12:22 pm
Poucos dias depois do roubo da relíquia de sangue do Beato João Paulo II, que ficava exposta no Santuário de San Pietro della Ienca (Abruzzo), o Arcebispo de L'Aquila, Dom Giuseppe Petrocchi, clamou pela devolução do relicário do Papa polonês que será canonizado no próximo dia 27 de abril em Roma.
"Chamo os autores desta ação desprezível a que se abram à luz do Evangelho e que restituam imediatamente à Igreja a relíquia de nosso Protetor –João Paulo II–, que em breve será elevado às honras dos altares", denunciou em 28 de janeiro Dom Petrocchi em uma carta publicada pela diocese de L'Aquila.
"Renovo minha confiança nos policiais e nos investigadores que comandam a busca, com a esperança de que encontrem a verdade no meio desta profanação, que ofende profundamente a consciência religiosa e civil de nosso povo", acrescentou.
O Arcebispo de L'Aquila afirmou com "tristeza e comoção" que mantém a esperança de que a "preciosa relíquia", seja reencontrada e restituída à devoção dos peregrinos, de acordo à devoção que guarda seu povo, que tantas vezes acolheu o Pontífice.
Por outro lado, o Prelado convidou os fiéis à "fervente oração de reparação e de invocação, para que o Espírito do Senhor –crucificado e ressuscitado–, ajude-nos a responder com a força da caridade a esta vil provocação, vencendo o mal com o bem, e nos permita imitar este esplêndido 'Padre da Igreja' -com o qual tivemos a graça e o privilégio de ser contemporâneos!-, na arte de fazer cada sofrimento uma ocasião salvífica, para crescer na comunhão com Deus e entre nós".
O furto da relíquia ocorreu na madrugada do sábado passado, 25 de janeiro. Os ladrões entraram sem forçar a porta da sacristia, cortaram os barrotes que protegiam o relicário e levaram uma ampola com o sangue do Beato e um crucifixo.
A polícia suspeita que o roubo teria sido feito sob encomenda, já que as caixas que guardam as doações das esmolas ficaram intactas, e desde a noite do furto 50 agentes varrem a zona.
A ampola era uma das únicas quatro existentes no mundo e que foram extraídas ao Pontífice durante os últimos dias de sua vida para coloca-las a disposição do Centro de Transfusões do Hospital Bambino Gesù.
Foi doada ao santuário pelo secretário pessoal do Papa João Paulo II, Cardeal Stanislao Dziwisz, depois da beatificação do Papa polonês em 1 de maio de 2011.
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