22 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco: Renunciemos a Satanás e a todas as suas obras e seduções

Imagem: The Temptation of Cristo - Ary Scheffer (1854)

Em suas palavras prévias à oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco exortou os fiéis a renovar as promessas batismais e renunciar a Satanás e a todas as suas obras e seduções.

Ao recordar o Evangelho de ontem, primeiro domingo da Quaresma, que apresenta Jesus enfrentando as tentações de Satanás, o Santo Padre recordou que "o tentador procura desviar Jesus do projeto do Pai, isso é, do sacrifício, do amor que oferece a si mesmo em expiação, para fazer-lhe adotar um caminho fácil, de sucesso e de poder".

"O duelo entre Jesus e Satanás se realiza através de citações da Sagrada Escritura. O diabo, de fato, para desviar Jesus do caminho da cruz, apresenta-lhe as falsas esperanças messiânicas: o bem-estar econômico, indicado pela possibilidade de transformar as pedras em pão; o estilo espetacular e mirabolante, com a ideia de atirar-se do ponto mais alto do templo de Jerusalém e fazer-se salvar pelos anjos; e por fim um atalho do poder e do domínio, em troca de um ato de adoração a Satanás".

O Papa destacou que "são três os grupos de tentações: também nós o conhecemos bem!".

"Jesus resiste decididamente a todas estas tentações e confirma a firme vontade de seguir o caminho estabelecido pelo Pai, sem qualquer compromisso com o pecado e com a lógica do mundo".

Francisco indicou que "reparem bem como responde Jesus. Ele não dialoga com Satanás, como tinha feito Eva no paraíso terrestre. Jesus sabe bem que com Satanás não se pode dialogar, porque é muito esperto. Por isto, Jesus, em vez de dialogar como tinha feito Eva, escolhe refugiar-se na Palavra de Deus e responde com a força desta Palavra".

"Lembremo-nos disso: no momento da tentação, das nossas tentações, nada de argumentos com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra de Deus! E isto nos salvará".

O Papa disse que "nas suas respostas a Satanás, o Senhor, usando a Palavra de Deus, recorda-nos, antes de tudo, que 'não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'; e isto nos dá força, apoia-nos na luta contra a mentalidade mundana que reduz o homem ao nível das necessidades primárias, fazendo-o perder a fome daquilo que é verdadeiro, bom e belo, a fome de Deus e de seu amor".

O Papa recordou que Jesus nos recorda "que também está escrito: 'Não tentarás o Senhor teu Deus', porque o caminho da fé passa também através da escuridão, da dúvida, e se alimenta de paciência e de espera perseverante".

"Jesus recorda, enfim, que 'está escrito: 'Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás', isso é, devemos livrar-nos dos ídolos, das coisas vãs, e construir a nossa vida sobre o essencial".

Estas palavras de Jesus, disse o Papa, "encontrarão depois confirmação em suas ações. A sua absoluta fidelidade ao desígnio de amor do Pai o conduzirá depois de cerca de três anos ao confronto final com o 'príncipe deste mundo', na hora da paixão e da cruz, e ali Jesus resgatará a sua vitória definitiva, a vitória do amor!".

"Queridos irmãos, o tempo da Quaresma é ocasião propícia para todos nós cumprirmos um caminho de conversão, confrontando-nos sinceramente com esta página do Evangelho".

Ao concluir, o Papa alentou os fiéis a renovar "as promessas do nosso Batismo: renunciemos a Satanás e a todas as suas obras e seduções – porque ele é um sedutor – para caminhar nas sendas de Deus e 'chegar à Páscoa na alegria do Espírito'".

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