23 de dezembro de 2024 Doar
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Declarações do Secretário da Conferência Episcopal Italiana causam desconcerto entre católicos

Dom Nunzio Galantino | Conferência Episcopal Italiana

O Secretário da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Nunzio Galatino, causou desconcerto entre os católicos com umas recentes declarações nas quais se referiu às pessoas rezam o terço em frente às clínicas de aborto.

Em declarações à imprensa italiana e ao ser perguntado sobre os "valores não negociáveis" como a defesa da vida e da família, o Prelado disse que "no passado acredito que nos concentramos exclusivamente no aborto e na eutanásia. Não pode ser assim, no meio disso está a existência que se desenvolve".

"Eu não me identifico com os rostos inexpressivos daqueles que rezam o terço em frente às clínicas que praticam a interrupção da gravidez (aborto), mas com aqueles jovens que são contrários a esta prática e lutam pela qualidade das pessoas, por seu direito à saúde, ao trabalho", indicou Dom Galantino.

As declarações do Bispo Galantino foram especialmente ofensivas para os católicos nos Estados Unidos, onde também os bispos lideraram os fiéis em frente às clínicas de aborto para rezar pelos bebês não nascidos que são assassinados nessas instalações e para tentar que as mulheres desistam de submeter-se a essa prática.

Entre os bispos americanos que presidiram estes momentos de oração está o atual Arcebispo de Washington D.C., Cardeal Donald Wuerl, que em dezembro de 2010 presidiu uma Missa, uma procissão e a oração do terço em frente a uma clínica de abortos tardios, quer dizer, que são praticados depois da 20ª semana gravidez. O Cardeal esteve acompanhado de 600 pessoas.

"Peçamos a Deus a sua bênção sobre todos nós, todos os que estão aqui reunidos, todos os que falam pela vida, que defendemos a vida, que caminhamos pela vida", disse o Cardeal ao iniciar sua reflexão em frente à clínica de abortos.

Ao contemplar as centenas de pessoas presentes, o Cardeal disse que sua presença "nos diz que o futuro está na vida. Nossa tarefa é manter em alto o Evangelho da Vida".

Na homilia da Missa que presidiu na igreja Mother Seton, antes da procissão e do terço em frente da clínica de abortos, o Cardeal Wuerl pediu que todos testemunhem a dignidade de toda vida humana através de suas ações e orações: "A oração sim muda os corações… a oração funciona e deve ser nosso instrumento de mudança", assegurou.

Para o Arcebispo de Washington, o aborto é "a maior praga na nossa nação desde a época da escravidão. Como é possível que numa história onde aconteceram tantas atrocidades, aconteçam coisas como essas? Como é possível que tenham existido campos de concentração dedicados a exterminar pessoas? Como pudemos ter a escravidão no nosso país, a redução das pessoas a uma mera mercadoria?"

"Como é possível ter hoje a total destruição da vida humana?" através do aborto. "Como tais atrocidades foram aceitas por alguém, em algum lugar, em qualquer época. Silêncio. O silêncio é o aliado da atrocidade", disse o Cardeal.

Hoje, prosseguiu o Arcebispo, "enfrentamo-nos com o mal do aborto a pedido. É quase inconcebível na nossa cidade, na nossa sociedade (que) seja legal matar uma criança quase totalmente formada".  

"Tirar a vida do ventre" nunca pode justificar-se, prosseguiu; e comentou que é importante compadecer-se das mães e dos pais que passaram por um aborto, acompanhando-os no processo de duelo e reconciliação.

O Cardeal Wuerl assinalou deste modo que os católicos "precisam de uma nova visão. Cristo nos convida a ver com essa maneira que reconhece o dom da vida, a maravilha da vida. Verdadeiramente você e eu somos capazes da compaixão que dá vida e do apoio que dá vida às mães e às crianças".

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