O Papa Francisco pede à comunidade internacional acabar com a escravidão e a exploração infantil

Vaticano, Jun 11, 2014 / 16:52 pm

Após a Audiência Geral realizada na Praça de São Pedro, o Papa Francisco fez um apelo para que a comunidade internacional possa ampliar a proteção social para acabar com a exploração do trabalho infantil a qual são submetidas milhões de crianças no mundo.

"Amanhã, 12 de junho, celebra-se o Dia Mundial contra a exploração do trabalho infantil. Milhões, escutem bem, hein! Milhões de crianças são obrigadas a trabalhar em condições degradantes, expostas a formas de escravidão e exploração, assim como aos abusos, os maus-tratos e a discriminação", denunciou o Papa.

Por isso, expressou seu desejo sincero de que "a Comunidade Internacional possa ampliar a proteção social dos menores para vencer esta chaga da exploração das crianças. Renovemos todos o nosso empenho, em particular as famílias, para garantir a cada criança a proteção da sua dignidade e a possibilidade de um crescimento sadio".

"Uma infância serena permite às crianças olhar para a vida e para o futuro com confiança. Convido todos a rezar pedindo a intercessão de Nossa Senhora que teve o Menino Jesus nos braços, a rezar a Nossa Senhora por estes meninos e meninas que são explorados por meio do trabalho e de abusos", assinalou.

Segundo informação das Nações Unidas, "na atualidade, cerca de 215 milhões de crianças trabalham no mundo, muitas a tempo completo", sem possibilidade de ir à escola ou ter tempo para brincar. "Muitas não recebem alimentação nem cuidados apropriados", indica a ONU em seu site.

"Mais da metade destas crianças estão expostas às piores formas de trabalho infantil como trabalho em ambientes perigosos, escravidão, e outras formas de trabalho forçoso, atividades ilícitas incluindo o tráfico de drogas e prostituição, assim como sua participação involuntária nos conflitos armados", denunciou.

Segundo a Rádio Vaticano, neste ano, a OIT, lança a campanha "Cartão vermelho para o trabalho infantil", por ocasião da Copa do Mundo, para conscientizar a sociedade civil contra o uso de mão de obra de crianças e adolescentes durante o Mundial.

Serão realizadas ações em várias cidades brasileiras, como Recife, Alagoas, São Luís e Porto Velho, com a promoção de oficinas, palestras, panfletagem e atividades esportivas para crianças e adolescentes.