22 de dezembro de 2024 Doar
Um serviço da EWTN News

Autoridades do Sudão interrogam Meriam Ibrahim que tenta imigrar para os Estados Unidos

Meriam junto com o seu marido Daniel no dia do seu casamento

O jornal italiano Avvenire informou que a polícia do Sudão interroga Meriam Ibrahim, a jovem mãe cristã de 27 anos cuja pena de morte foi cancelada na segunda-feira. Depois de ser libertada nesse dia, foi presa outra vez na terça-feira e logo foi solta novamente. Agora é acusada de falsificar os documentos com os quais pensava sair do país para os Estados Unidos.

O advogado da jovem mãe cristã que tinha sido falsamente acusada de apostasia do Islã, Mohanad Mustafa, explicou que neste momento Meriam não está presa, mas está sendo interrogada para verificar a autenticidade do documento emitido pelas autoridades do Sudão do Sul. A mulher está acompanhada de seu marido, Daniel Wani e dos dois filhos.

O encarregado de assuntos do Sudão do Sul na embaixada de Cartum, Kau Nak, assinalou que assinou pessoalmente o documento, dessa forma é válido para todos os efeitos e lamentou que as autoridades sudanesas não tenham entrado em contato com ele.

O diplomático explicou que Meriam tinha direito ao documento do Sudão do Sul porque seu marido e seus filhos têm essa cidadania.

A rede BBC informa que os Estados Unidos indicaram que estão colaborando com as autoridades sudanesas para assegurar que ela possa sair do país.

Daniel Wani também disse estar "muito preocupado" por estes fatos e solicitou a intervenção da Itália para desbloquear a situação de sua esposa. Assim o indicou Antonella Napoli, presidente do Italians for Darfur, que comentou que conseguiu falar por telefone com o marido de Meriam.

Meriam foi condenada à morte depois de ser acusada de renunciar ao Islã por três pessoas que fraudulentamente asseguraram ser seus irmãos e sua mãe. A jovem assegura ser cristã e ter sido criada como tal por sua verdadeira e falecida mãe, após ter sido abandonada pelo seu pai muçulmano quando tinha apenas 6 anos.

As autoridades islâmicas a condenaram também a 100 chicotadas pelo crime de adultério, pois seu casamento com Daniel Wani não é reconhecido como tal pela lei muçulmana.

Depois de ser advertida por um religioso muçulmano sobre o perigo para sua vida e depois de ter-lhe oferecido voltar para o Islã, Meriam assegurou que "sou cristã e continuarei sendo cristã".

Em uma das visitas que Daniel realizou a prisão, Meriam lhe disse que "me recuso a mudar. Não vou renunciar ao cristianismo só para que eu possa viver. Sei que poderia continuar viva me convertendo em muçulmana e seria capaz de velar pela nossa família, mas preciso ser honesta comigo mesma".
 

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar