22 de dezembro de 2024 Doar
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Jovens iraquianos lançam campanha para frear a expulsão dos cristãos do país

Imagem referencial. | Jose Eugenio Gomez Rodriguez (CC-BY-NC-SA-2.0) / YazAlbaz (CC-BY-2.0)

Com o lema "Eu sou um cristão iraquiano", dezenas de jovens cristãos e muçulmanos pertencentes a organizações da sociedade civil se congregaram neste domingo, 20, na igreja de São Jorge, em Bagdá (Iraque), para manifestar a sua solidariedade com os cristãos expulsos de Mosul e de outras regiões pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Os promotores da iniciativa exigem à comunidade internacional e ao governo local uma rápida intervenção para deter esta situação que leva à perseguição e ao deslocamento de milhares de habitantes por causa de sua fé.

Recentemente, o autoproclamado califado islâmico estabeleceu que todos os que não são muçulmanos e que queiram permanecer nos territórios que tomaram no Iraque ou na Síria devem pagar as tarifas da "jizya", imposto islâmico de proteção, que custa 450 dólares mensais por pessoa.

A escalada do ódio anticristão aumentou com a queima de Igrejas, conventos e até da mitra diocesana de Mosul; destruíram estátuas marianas e cruzes, e obrigaram os cristãos a deixarem suas casas ou converter-se ao Islã sob ameaça de morte.

À vigília assistiu o Patriarca Caldeu, Dom Louis Sako, a deputada e ativista pelos direitos humanos Shirouk Alabayachi, e outras figuras de renome nacional. Em seu discurso, Dom Sako assinalou que o que está acontecendo com os cristãos na cidade de Mosul "é um desastre contra a humanidade".

Por sua parte, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, expressou a sua solidariedade com os cristãos perseguidos no Iraque ao presidir em Los Angeles a festa de São Charbel junto com a comunidade católica libanesa de rito maronita.

Na homilia, o cardeal manifestou a sua "imensa dor" pelo destino desesperado de tantas pessoas inocentes.

"Os cristãos de Mosul, no Iraque, e de Aleppo, na Síria, são os mais afetados, mas toda a zona vive na insegurança, desgraçadamente favorecida pela indiferença de muitos. Também da Palestina continuam chegando notícias alarmantes sobre a gravidade da violência", manifestou segundo um comunicado de seu dicastério.
 

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