21 de novembro de 2024 Doar
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Índia: Sacerdote denuncia que autoridades de Gujarat fomentam o extremismo e a violência nas escolas

Imagem referencial. | Fabian (CC-BY-NC-ND-2.0)

O Pe. Cedric Prakash, Diretor do 'Prashant", Centro de Direitos Humanos, Justiça e Paz, com sede em Ahmedabad (Índia), denunciou que as autoridades do estado de Gujarat estão fomentando os princípios do extremismo e do nacionalismo hindu dentro das escolas.

Segundo a agência Fides, o sacerdote assinalou que o extremismo está sendo introduzido através de nove livros em mais de 42.000 escolas primárias e secundárias do estado. Os textos promovem os princípios de identidade, racismo e discriminação típica dos grupos radicais hindus, defensores do ódio e da violência.

Em uma circular de 30 de junho de 2014, as autoridades locais ordenam introduzir no plano de estudos nove textos escolares elaborados por Dina Nath Batra, fundador de uma academia cultural, a "Shiksha Bachao Andolan Samiti", cujo objetivo é preservar a religião e a cultura hindu, utilizada como ponto de referência pelos grupos ideológicos violentos que promovem a ideologia Hindutva (que prega "A Índia é dos hindus").

Estas forças, explicou o Pe. Prakash à Fides, "agora têm como objetivo manipular o sistema de educação pública".

Os livros foram publicados em janeiro de 2014 e foram elogiados pelo então primeiro-ministro de Gujarat, Narendra Modi, agora primeiro-ministro da Índia. "Congelados até depois das eleições, agora está sendo introduzido nas escolas ocultamente", advertiu o sacerdote jesuíta.

"Os livros estão cheios de mitos e falsidades, superstições e preconceitos, com grandes distorções e manipulações. Propagam a ideologia fascista que vai totalmente contra o patrimônio da cultura da Índia, formada pela integração, o pluralismo e os direitos de todos", indicou.

O sacerdote advertiu que estes textos "violam os artigos 28 e 29 da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, promovendo uma ideologia racista". Indicou que está sendo inculcado nos escolares o ódio e os preconceitos com os ocidentais e o desprezo às minorias religiosas como os muçulmanos e os cristãos por serem "religiões não índias".

O sacerdote pediu à população que exija que as crianças índias não sejam educadas com estes princípios distorcidos e violentos, assim como a revogação imediata da introdução deste tipo de textos nas escolas públicas.

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