24 de novembro de 2024 Doar
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Até o último suspiro, João Paulo II foi um testemunho para consagrados do mundo

O Arcebispo Piergiorgio Silvano Nesti, sacerdote passionista, Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, presidiu na Basílica Vaticana a oitava Missa dos novendiales em sufrágio do Papa João Paulo II, a quem apresentou como um testemunho para os consagrados do mundo "até o último suspiro".

O Santo Padre "em seu longo, rico e articulado magistério, precedeu-nos sempre com o exemplo, falou-nos com o coração de um pai e a sabedoria de um testemunho, deixou-nos o mais vivo testemunho de como se deve viver por Cristo e pela Igreja com uma doação total até a última pausa", afirmou Dom. Nesti.

Agora, indicou, "o Papa repousa como um grão de trigo à espera da ressurreição final. Vive em Cristo, alfa e ômega, princípio e fim, centro do cosmos e da história. Também nós somos testemunhas atônitas e contentes dos muitos frutos agora visíveis de sua vida, de seu magistério, do exemplo de seu pio trânsito, acompanhado pela oração da Igreja, pela coral presencia de jovens."

Fazendo referência às palavras de São Paulo na Segunda Epístola a Timóteo, "combati o bom combate, completei a carreira, conservei a fé", disse que "eu gosto de pensar que estes versos acompanharam os últimos dias do amado Santo Padre ao fim de uma batalha valorosa pela verdade do Evangelho, de uma múltipla carreira de peregrino evangélico por anunciar Cristo a todos, de uma vida vivida por uma existência luminosa por confirmar os irmãos e as irmãs na fé, e agora o pensamos no momento de receber a coroa da justiça junto a todos aqueles que durante sua vida esperaram com as lâmpadas acesas e com amor a manifestação do Senhor."

Também recordou que "perdemos neste mundo nossa vida para conservá-la na vida verdadeira, aquela eterna, onde nos presidem com Cristo Maria e com ela, Peregrina da Fé Nossa Mãe Espiritual, todos os Santos e entre eles gostamos de pensar nosso amado pai João Paulo II".

Citando o carinho e afeto que teve em Santo Padre pelos religiosos recordou que "a vida consagrada é dom precioso e necessário para o presente e para o futuro do Povo de Deus, porque pertence intimamente a sua vida, a sua santidade, a sua missão. O Papa amou tanto os consagrados e consagradas. A Igreja e a sociedade têm a necessidade de pessoas que sejam capazes de dedicar-se totalmente a Deus na superabundância da gratuidade."

Do mesmo modo, ressaltou a importância dos conselhos evangélicos. O Papa "quis que a vida consagrada uma fidelidade total a Cristo e à Igreja para ser um testemunho forte, visível e acreditável da presença do Evangelho de Cristo no mundo de hoje".

"Com firmeza convidou a não nos desanimarmos. A testemunhar Jesus com a vida que escolhemos. A viver o voto de pobreza com amor e gozo porque nossas irmãs e irmãos entendam que o único tesouro é Deus com seu Amor salvífico. A viver aquela castidade fiel e limpa que anuncia no silêncio de seu dom cotidiano a misericórdia e ternura do Pai e grita ao mundo que há um amor maior que enche o coração e a vida para que haja espaço para o irmão. A testemunhar uma obediência responsável e cheia de disponibilidade a Deus através das pessoas que Ele põe em nosso caminho para anunciar com nossa vida que a verdadeira liberdade está no entrar decididamente na vida marcada e bendita da obediência, a via da morte e a ressurreição que Jesus nos ensinou com seu exemplo", indicou.

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