ROMA, Oct 24, 2014 / 08:31 am
Centenas de alunos da Pontifícia Universidade Urbaniana, escutaram com atenção a mensagem que o Sumo Pontífice Emérito, Bento XVI, enviou-lhes por ocasião da inauguração de uma sala magna dedicada a ele. No texto recordou que os cristãos anunciam Jesus Cristo pelo dever de transmitir a alegria da boa notícia, não para ganhar membros para a Igreja.
O Prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal do Papa Ratzinger, Arcebispo Georg Gaenswein, compartilhou a mensagem na nova "Sala Magna Bento XVI" da Urbaniana.
No texto, Bento XVI recorda que "não anunciamos Jesus Cristo para que nossa comunidade tenha o máximo de membros possíveis, e nem muito menos pelo poder. Falamos Dele porque sentimos o dever de transmitir a alegria que nos foi doada".
"Quando André encontrou Cristo, não pôde fazer outra coisa que dizer a seu irmão: 'encontramos o Messias'. E Felipe, que também teve esse mesmo encontro, não pôde fazer outra coisa que dizer a Bartolomeu que tinha encontrado aquele sobre o qual tinham escrito Moisés e os profetas", acrescentou.
Do mosteiro Mater Ecclesiae do Vaticano, onde se dedica à oração desde a sua renúncia à Sé de Pedro em fevereiro de 2013, Bento XVI recordou que "a alegria exige ser comunicada. O amor exige ser comunicado. A verdade exige ser comunicada. Quem recebeu uma grande alegria, não pode guarda-la apenas para si mesmo, deve transmiti-la. O mesmo vale para o dom do amor, para o dom do reconhecimento da verdade que se manifesta".
Bento XVI assinalou que "seremos anunciadores acreditáveis de Jesus Cristo quando o encontremos realmente no profundo de nossa existência, quando, através do encontro com Ele, seja-nos doada a grande experiência da verdade, do amor e da alegria".
"Nós conhecemos e acreditamos no amor': esta frase expressa a autêntica natureza do cristianismo. O amor, que se realiza e se reflete de muitas maneiras nos santos de todos os tempos, é a autêntica prova da verdade do cristianismo", concluiu.
Esta é a terceira declaração pública do Sumo Pontífice Emérito depois de sua renúncia ao pontificado, mas é a primeira vez que se lê o texto em público. As duas primeiras ocasiões foram: a carta que enviou a um jornalista do jornal italiano La Repubblica e a entrevista que concedeu para um livro sobre São João Paulo II.
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