Vaticano, Nov 12, 2014 / 09:42 am
O Papa Francisco pediu à Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo, conhecida como G-20, que não se esqueçam dos excluídos e dos desempregados que sofrem as consequências da crise econômica mundial.
Na carta que o Pontífice enviou ao Primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbot, encarregado de presidir este organismo durante os dias 15 e 16 de novembro deste ano em Brisbane, exorta a não esquecer "que por trás destas discussões políticas e técnicas estão em jogo muitas vidas e que seria lamentável que tais discussões ficassem apenas em declarações de princípio".
No texto, o Santo Padre denuncia que no mundo "há muitas mulheres e homens que sofrem por causa da desnutrição severa, do crescimento no número de desempregados, pela altíssima percentagem de jovens sem trabalho e pelo aumento da exclusão social que pode desembocar na atividade criminosa e inclusive, no recrutamento de terroristas".
Da mesma maneira, "há uma agressão constante ao ambiente natural, resultado de um consumismo desenfreado" que "produzirá consequências graves na economia mundial", adverte na carta o Santo Padre, que atualmente está preparando uma Encíclica sobre ecologia e meio ambiente, como ele mesmo já anunciou anteriormente.
Em relação ao cuidado com o meio ambiente, expressou o seu desejo de que a agenda de 2015, que será aprovada no transcurso desta assembleia, inclua este tema.
A reunião de Brisbane deve levar em consideração "a melhora real nas condições de vida das famílias mais pobres e a redução de todas as formas de desigualdade inaceitável", assim como "o trabalho decente para todos".
"Tanto a nível nacional como a nível internacional, a responsabilidade pelos pobres e marginalizados deve ser, portanto, o elemento essencial de cada decisão política", destacou o Papa.
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