Vaticano, Nov 20, 2014 / 11:35 am
A Santa Sé voltou a pronunciar-se no encontro anual dos Estados participantes na convenção sobre proibições ou restrições do emprego de certas armas convencionais que possam ser consideradas excessivamente nocivas ou de efeitos indiscriminados da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU).
O pronunciamento foi realizado através do Observador Permanente da Santa Sé, o Arcebispo Silvano Tomasi, no Escritório da ONU em Genebra. O representante do Vaticano apresentou três questões durante sua intervenção de 13 de novembro.
Em primeiro lugar o prelado falou do trabalho sobre os sistemas de armas letais autônomas e explicou que "é necessário um enfoque global: científico, jurídico, cultural, econômico, ético e humanitário" sobre o qual "a Santa Sé expressou sua posição sobre a questão durante a reunião informal".
O Prelado reiterou o "desejo de que o mandato relacionado com tais questões seja renovado tendo em conta a importância de manter um registro oficial das declarações, documentos, debates e discussões".
A segunda questão foi o uso de armas explosivas em áreas povoadas e sobre isto Dom Tomasi indagou: "Como proteger a população civil se com a crescente urbanização da população mundial, a tendência das guerras urbanas é de aumentar?".
Sobre este tema assegurou que os recentes dados disponíveis mostram como "os civis são as principais vítimas dos conflitos". Resulta "difícil, ou até impossível, restaurar a paz e a reconstrução nacional".
O terceiro assunto que tratou o prelado referia-se ao uso de drones armados e pediu que a Comissão trate o tema de maneira adequada já que "estamos assistindo a uma certa proliferação desta tecnologia e a seu uso cada vez major em vários conflitos... O fato de não fazer frente aos problemas no momento adequado pode ter consequências desastrosas e convertê-las em situações intratáveis, como demonstram as experiências em outras áreas'".
Dom Tomasi acrescentou que "a CAC ainda tem tempo para interessar-se pelos drones antes de que se convertam em outra fonte de grande instabilidade, enquanto que a comunidade internacional necessita mais que nunca a estabilidade, a cooperação e a paz".
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