27 de dezembro de 2024 Doar
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Quênia: Extremistas islâmicos do grupo Al Shabaab mataram 36 cristãos

Fotos: Domínio Público

Os terroristas do grupo islâmico Al Shabaab –vinculado à Al Qaeda-, na madrugada desta terça-feira assassinou 36 cristãos que trabalhavam em uma mina, quatro deles foram decapitados.

O assassinato ocorreu na mina Korome, uns vinte quilômetros de Mandera, na fronteira com a Somália e Etiópia. Horas depois, Al Shabaab reivindicou o ataque escrevendo que "quase quarenta cruzados quenianos foram levados a encontrar o seu próprio fim". Também prometeram uma guerra "sem quartel, incessante e desumana".

Conforme se informou, antes do crime, os terroristas separaram os trabalhadores muçulmanos dos não muçulmanos. Uma prática realizada também dez dias atrás, quando pararam um ônibus e ordenaram a cada um dos passageiros que lessem o Corão, matando 28 pessoas por não terem obedecido ou não terem lido bem.

Al Shabaab jurou lealdade à Al Qaeda em 2012. Em 2013 já participavam de seu grupo entre 7.000 e 9.000 terroristas. Originou-se na Somália entre 2006 e 2008 e controla a maior parte deste país cuja população é 99, 8 por cento muçulmana, 0,1 cristã e 0,1 de outra religião.

A Somália é considerada um "país fracassado" por seu alto nível de violência e a impossibilidade do governo de manter a ordem.

Segundo o relatório sobre a Liberdade Religiosa da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), "nas regiões controladas por Al Shabaab, as escolas são obrigadas a ensinar que a Jihad é obrigatória. Em muitos lugares, a Universidade de Mogadíscio (a capital), a Universidade da África Oriental na Puntlândia e muitas escolas de ensino médio da capital são financiadas e administradas pela Fundação Al-Islah, o equivalente somali dos Irmãos Muçulmanos".

A Somália faz fronteira com o Quênia e Etiópia. No caso do primeiro, os cristãos são 84,8 por cento, os muçulmanos 9,7 por cento, e o resto de outras religiões. No segundo, os cristãos são 62,8 por cento, os muçulmanos 34,6 e o resto tem outras crenças.

Estes dois países decidiram intervir com tropas na Somália devido ao avanço do grupo terrorista, que busca impor um estado islâmico. Diante desta situação, a filial da Al Qaeda ameaçou vingando-se com atentados e assassinatos.
 

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