26 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo egípcio espera que enérgico rechaço do Estado Islâmico por parte de autoridade muçulmana traga resultados

Dom Anba Antonios Aziz Mina. | Wikipedia / Escritório Episcopal de Imprensa de Hildesheim.

O bispo copto católico de Guizeh, Dom Anba Antonios Aziz Mina, assinalou que a condenação feita por um líder muçulmano na semana passada contra os atos do Estado Islâmico (ISIS), foi "um passo importante" e os cristãos agora "esperam que se produzam resultados concretos".

Faz uns dias, durante a Conferência Internacional organizada na Universidade do Cairo (Egito), o Grande Imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, condenou os "crimes bárbaros" cometidos por grupos fundamentalistas como o Estado Islâmico (ISIS), acusando-os de usarem o Islã para justificar "suas práticas violentas".

O bispo disse à agência vaticano Fides que "é a primeira vez que uma instituição islâmica tão influente diz claramente que as teorias utilizadas por terroristas e extremistas para justificar suas ações violentas com o Alcorão representam uma perversão do verdadeiro Islã".

"Até agora, as instituições islâmicas e academias islâmicas eram quase sempre muito tímidas em condenar esses desvios. As condenações foram feitas diante de fatos terroristas impressionantes e eram geralmente referidas a cada ato violento. Agora, é alvo toda a ideologia doentia que está por trás das estratégias do extremismo islâmico. É um passo importante, e esperamos que produza resultados concretos", assinalou.

Nesse sentido, afirmou que "a conferência organizada pela Universidade de al-Azhar para condenar o terrorismo e o extremismo islâmico é um fato de grande importância histórica. E não sei se no Ocidente alguém percebeu isso".

Do mesmo modo, destacou a intervenção do Arcebispo de Beirute dos Maronitas, Paul Youssef Matar, quem durante o congresso falou "espontaneamente, concentrando-se em alguns conceitos de importância vital. Ele pediu a todos os muçulmanos para terem hoje em relação aos cristãos pelo menos o respeito demonstrado para com eles pelo Profeta Mohammad".

"Recordou que para cada sincero muçulmano, os cristãos, com os judeus, são 'gente do Livro', e não podem ser considerados como membros de uma minoria a ser submetida ou maltratada, e muito menos como inimigos. Além disso, convidou todos os muçulmanos a unirem-se e a darem juntos sua contribuição indispensável para a coexistência pacífica", relatou o Prelado.

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