22 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos africanos pedem ajuda para hospital católico que combate o ebola

Imagem referencial. | Flickr European Commission DG-ECHO(CC-BY-ND-2.0)

Os bispos da África ocidental fizeram um apelo para conseguir mais ajuda a favor de um hospital católico localizado na Serra Leoa, onde muitas pessoas continuam sofrendo por causa do vírus ebola, do mesmo modo, os sobreviventes lamentam o impacto desastroso que a epidemia teve em seus seres queridos e comunidades.

"A situação por causa do ebola ainda é muito sombria. Nossos agentes da saúde estão em um grande risco e alguns perderam a vida", assinalou o Pe. Paul Sandi, Secretário Geral da Conferência dos Bispos Católicos da Gambia e Serra Leoa.

O hospital católico Serabu (Serra Leoa), tem 80 leitos e atende 3.000 pacientes todos os anos. Fica a 225 quilômetros da capital Freetown e serve cerca de seis vilas e outras zonas próximas. Tem dois doutores, quatorze enfermeiras, seis agentes de saúde e um assistente de saúde, informou a Associação Nacional de Imigrantes.

O hospital tem grande necessidade de remédios e outros suplementos médicos para combater o ebola e outras doenças, como cólera, malária e tifoide, cujos casos aumentaram devido à instabilidade do país.

Aproximadamente 6.300 pessoas na África ocidental faleceram por causa da epidemia. Ao todo, 17.800 pessoas foram infectadas. A maior quantidade de infectados se encontra em Serra Leoa, com 8.000 casos segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, outras centenas não foram incluídas nas estatísticas.

Um dos sobreviventes é Umaru Jakema, infectado em outubro enquanto ajudava a levar um vizinho para o hospital, que faleceu logo depois.

Duas semanas depois da morte de seu vizinho, Umaru começou a sentir os sintomas do ebola. Embora tenha sobrevivido graças aos cuidados médicos, Jakema diz que agora sofre a discriminação de outros habitantes.

Sallay Gendemeh, da cidade de Kenema, também contou a sua história. Recordou que seu pai era agente da saúde na sua comunidade, e tinha uma farmácia em casa. "Um dia de junho cuidou de uma mulher de uma vila próxima que dizia estar mal de malária e problemas de estômago. A paciente morreu e o laboratório confirmou que tinha dado positivo de ebola", relatou. Depois, seu pai ficou doente e morreu. Logo adoeceram Sallay, sua mãe e seus dois irmãos.

"Felizmente fomos levados ao hospital a tempo para o tratamento", indicou. Entretanto, o irmão mais novo faleceu.

Seus pertences foram queimados para desinfetar a casa. Sallay lamenta que não saibam onde foram enterrados o seu pai e seu irmão. Apesar disso, agradeceu à comunidade porque os estão ajudando. "Vemos o futuro com esperança", afirmou.

O hospital de Serabu tem um centro de isolamento para pacientes de ebola e também atende as crianças que ficaram órfãs por causa da epidemia.

Os bispos da Gambia e Serra Leoa pediram à Associação Nacional de Imigrantes que captem recursos para adquirir equipamentos e remédios para o hospital.

Para poder colaborar, ingresse em: http://www.laniusa.org/medicine.html
 

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