21 de novembro de 2024 Doar
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Cristãos do Quênia dão lição de compaixão e perdão depois do massacre em Garissa

Captura de tela Twitter
Mataram os seus filhos, os seus irmãos, os seus sobrinhos. Os familiares das 148 vítimas do massacre jihadista na Universidade de Garissa não querem vingança embora a dor seja imensa, alguns não duvidam em expressar perdão aos assassinos.
 
Conforme informa a agência Associated Press, o Arcebispo de Nairóbi, Cardeal John Njue, animou os familiares e amigos das vítimas a viverem a compaixão e o perdão com os assassinos que cometeram o massacre no dia 2 de abril, Quinta-feira Santa.
 
O Cardeal rezou com os familiares e os amigos das vítimas na entrada do necrotério de Nairóbi.
 
"Sejam corajosos e não se rendam. Estes são os desafios que chegam nas nossas vidas. Alguns deles são talvez muito difíceis, mais pesados do que podemos resistir, falando humanamente. Mas temos que fazer o que estiver ao nosso alcance para enfrentá-los", disse o Arcebispo.
 
O Cardeal disse também que estes acontecimentos lamentáveis constituem um "momento para revisar" as formas de segurança que o governo oferece para os quenianos, e exortou a viver um "processo de compaixão" com os homicidas islâmicos.
 
"Rezamos por todos aqueles que estão preocupados por isso. Não estamos tratando com animais, estamos tratando com seres humanos. Se isto acontecesse com eles (os jihadistas), acho que nenhum deles estaria contente".
 
Em declarações a AP, o Cardeal explicou que os pais dos universitários assassinados estão passando "por um momento muito difícil" já que o que os criminosos muçulmanos fizeram foi "realmente horrível".
 
O Arcebispo expressou logo sua esperança de que se arrependam do que fizeram. "Rezemos por eles, para que vivam uma metamorfose" e se deem conta que aqui "está em jogo a vida".
 
Teresa Kiru, prima de uma vítima disse ao AP que "alguém deve rezar pelos inimigos para que mudem. Como cristãos sabemos que temos que perdoar aqueles que pecam contra nós".
 
Evelyn Wakholi, perdeu a sua filha Milly Yonbo de apenas 18 anos de idade. "A Bíblia diz: 'Não julguem'. É doloroso, mas o que podemos fazer?", indicou.
 
A tia de Milly, Josephine Shiyuka recordou que a fé cristã a leva a perdoar assim como o fez Jesus com aqueles que o crucificaram. Sobre os que ajudaram os extremistas islâmicos, a jovem afirmou que "se estiverem vivos, estão a tempo de mudar".

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