22 de dezembro de 2024 Doar
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Onde está a esquerda para denunciar as injustiças e mortes de cristãos?, indaga jornalista ateia

Captura do vídeo difundido pelo Estado Islâmico

A diretora da edição italiana da página web do jornal Huffington Post, Lucia Annunziata, criticou o "medo pusilânime" da Esquerda em todo o mundo, que não a permite defender publicamente os cristãos perseguidos em diferentes partes do mundo e ao mesmo tempo destacou o papel do Papa Francisco ao denunciar este massacre.

No seu artigo onde publicou "A solidão do Pontífice, e o silêncio da esquerda sobre os cristãos", Annunziata perguntou-se: "Onde está a Esquerda quando foram cometidos um dos crimes mais terríveis contra pessoas indefesas?".

Paradoxalmente a Huffington Post é uma das página de notícias políticas de Esquerda mais importantes dos Estados Unidos, e conta com edições em italiano, espanhol, português, francês, alemão e árabe.

Annunziata questionou "Por que não recebo declarações para aderir-me a eles (pois me enviam diversos temas)? Por que não convocam alguém, uma manifestação, ou inclusive uma concentração?".

"Nada. Não ouço os protestos, não chegam os panfletos, nem as convocatórias, nem as manifestações de apoio ou de adesão".

Além disso, a jornalista italiana lamentou a difícil cobertura da imprensa, dirigindo suas críticas à redação do próprio Huffington Post.

"Nem sequer nesta redação do HuffPost existe um grupo de jornalistas jovens e ambiciosos que queiram denunciar os fracos e indefesos", assinalou.

Apesar dos diversos casos assumidos como causas da Esquerda, indicou, "salvo rara exceção, não foi mostrada publicamente penalidade ou horror pela morte de homens e mulheres que morreram por causa da sua fé. A morte é a violação final do direito mais importante da liberdade pessoal".

"Trata-se de uma fé que professa a maioria das pessoas na Itália e é também a base da definição (queira ou não) da história e da cultura do continente que vivemos", expressou a diretora.

Lucia Annunziata sublinhou: "Não sou católica, e pretendo seguir sendo ateia. E não escrevi nenhuma palavra sobre o Papa atual, não participei de nenhuma missa das novas hierarquias religiosas e não estou obrigada a dizer que este Papa está fazendo uma revolução e que ele é o verdadeiro líder da Esquerda".

Continuou "Sou apenas uma jornalista e acho que ainda compreendo o que é uma notícia", disse fazendo menção aos comentários do Papa Francisco, que há meses "denuncia os massacres dos fiéis e hoje em dia é o único chefe de Estado capaz de acusar a passividade dos países ocidentais por estas mortes".                                                                                   

"De fato, foi justo o contrário do que ocorreu com o Charlie Hebdo".

Nesse contexto, Annunziata reiterou sua crítica à Esquerda, "porque esta é a parte política que sempre reivindicou ter a força e a convicção necessárias para confrontar os temas sobre a defesa dos fracos. E porque a Esquerda neste momento tem grande poder em importantes países do Ocidente. Especialmente na Itália".

A diretora da versão italiana do HuffPost concluiu: "O silêncio e o "medo pusilânime" da Esquerda "a provocar críticas de uns e de outros, sua falta de coragem para assumir riscos é, nesta encruzilhada, também a melhor forma para declarar sua própria dissolução moral".

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