7 de dezembro de 2024 Doar
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Cristo Redentor recebe iluminação especial em homenagem às mães

Padre Omar com o Grupo de Mães SemNome | Perfil Oficial Facebook

O Cristo Redentor recebeu as cores verde e lilás no final da tarde deste domingo, 10 de maio. A iluminação fez parte de uma homenagem da Arquidiocese do Rio de Janeiro a todas as mães, mas especialmente àquelas do Grupo Mães SemNome - que perderam seus filhos e se abrem ao acolhimento de outras mulheres que experimentam a mesma dor inominável.

A celebração foi presidida pelo reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, no alto do Corcovado, que fica no Parque Nacional da Tijuca. Na ocasião, foi lançado o site www.maessemnome.com.br, com o objetivo de que mais famílias vitimadas sejam acolhidas e possam buscar uma ressignificação para esse sofrimento.

A logomarca do grupo tem a cor verde, para anunciar a esperança e renovação, e lilás, que representa a fé e a cura. A celebração no monumento foi um convite a trocar a tristeza da perda pela alegria de reaprender a viver com a dor da saudade. O evento buscou levar união, paz e oração, e cada filho foi lembrado por meio de uma rosa e o abraço que já não pode ser dado foi simbolizado por um abraço conjunto no Cristo Redentor.

"Foi uma linda homenagem às mães e um incentivo à caminhada daquelas que não se rendem à dor da perda, mas que, neste grupo de ajuda mútua, se redescobrem e renascem para a vida", disse Padre Omar.

Para Márcia Noleto, que em dezembro de 2011 criou o Mães SemNome após a perda da sua filha, compartilhar a dor é uma forma de conseguir suavizá-la e, assim, iniciar um processo de resgate da vida e também de luta por uma nação melhor e mais justa.

"Quando se fala de uma mãe que chora a perda de um filho, estamos quebrando vários tabus. É o mesmo que falar dos altos índices de violência, dos erros médicos, da falta de fiscalização nos aeroportos, do preconceito contra jovens negros, da morte de policiais, dos acidentes de trânsito, dos altos índices de suicídio juvenil e, finalmente, de como a impunidade entra em nossos lares. Por isso, ninguém quer tocar no assunto. Nós queremos. Queremos um país mais comprometido e mais pacífico para criarmos nossos filhos", afirma.

 

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