19 de dezembro de 2024 Doar
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Grávida, deficiente visual, emociona o mundo ao tocar a imagem em 3D de seu filho após ultrassom

Tatiana Guerra. Captura de tela Youtube

A experiência emocionante de uma mãe com deficiência visual que recebeu a imagem em 3D do rosto de seu filho após o ultrassom já foi vista por mais de oito milhões de pessoas e se tornou um viral. Tatiana Guerra mora em São Vicente, litoral de São Paulo, e está grávida de cinco meses. Há três anos é aluna do Lar das Moças Cegas (LMC) e foi convidada para participar do processo de seleção para vídeo de Dia das Mães da Empresa Huggies. A gravação mostra a sensação única e a felicidade da jovem que por meio dessa tecnologia conseguiu sentir com as pontas dos dedos os detalhes de Murilo, seu segundo filho.

Durante o exame, o médico perguntou como ela imaginava o bebê. Tatiana deu todos os detalhes e, em seguida, para sua surpresa, recebeu um pequeno embrulho com uma talha em gesso com o rosto do menino reproduzido em alto relevo e um recado em braile: "Eu sou seu filho". A emoção tomou conta da jovem mãe, assim que ela sentiu os detalhes do filho.

"Eu não esperava, não sabia. Foi a mesma sensação que tive quando a Julia nasceu e o médico a colocou nos meus braços. Sempre perguntava para o médico se estava tudo bem, porque tomo remédios muito fortes. Tinha medo de ocorrer alguma má formação. Quando uma pessoa faz um ultrassom pode ver o bebê. Mas, no meu caso, sabia que não iria ver, tinha que perguntar. De repente, pude ver com as minhas mãos, foi emocionante. Consegui sentir onde estava o narizinho, a boquinha e a orelhinha", conta.

Tatiana, que tem 30 anos, desde os 17 começou a ter uma perda degenerativa da visão por causa da Esclorose Múltipla. As seqüelas aparecem a cada surto da doença. "Faço um tratamento para diminuir os surtos. Mas a cada surto que tenho, perco mais a visão", disse Tatiana. Por conta do problema, ela teve que se afastar do emprego de relações públicas.

Tatiana tem cerca de 8% da visão e só consegue distinguir o claro do escuro. O parto é de alto risco, devido às medicações que ela precisa tomar.

"Eu posso sentir com as mãos, apalpar, ouvir bem o barulhinho dele, isso também aguça e desperta a minha imaginação. Se ele não for apressadinho, virá no dia 17 de agosto", afirmou.

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