21 de dezembro de 2024 Doar
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Os oito conselhos do Papa Francisco aos sacerdotes e consagrados no Equador

Religiosos e sacerdotes no Santuário de Quinche (Equador) | Captura Youtube

Na última atividade durante sua viagem ao Equador, o Papa Francisco visitou o Santuário de Nossa Senhora da Apresentação de Quinche, padroeira do país, visita na qual deixou de lado o discurso oficial e improvisou umas palavras, encorajando os consagrados e sacerdotes à não caírem na "Alzheimer espiritual", recordou-lhes também que a vocação é um serviço que deve ser exercido sempre de maneira gratuita.

O Santo Padre chegou ao santuário Mariano após uma breve visita ao Lar São José, casa de idosos que as Missionárias da Caridade têm em Quito. Logo depois de rezar diante da imagem Mariana e colocar-lhe um rosário em uma das suas mãos, se dirigiu ao altar e deixando de lado o discurso oficia, deixou os seguintes conselhos aos sacerdotes, religiosos e consagrados:

1. Sigam o exemplo de Maria:

"Maria não protagonizou nada, foi discípulo durante a sua vida inteira". Foi a primeira discípula do seu Filho e tinha consciência de que tudo o que ela havia trazido para o mundo era pura gratuidade de Deus, consciência de gratuidade".

2. São religiosos porque Deus os chamou:

"Vocês não pagaram entrada para entrar no seminário ou para entrar na vida religiosa. Não foi pelos méritos que vocês tem. Se algum religioso, sacerdote, seminarista ou freira que está aqui acha que é pelo seu mérito levante a mão. Tudo é gratuito. E a vida de um religioso, religiosa, sacerdote e seminarista deve passar pelo caminho (…) da gratuidade". Por isso, antes de dormir, olhe para Jesus e diga-lhes: 'Tudo isso foi grátis'".

3. Leiam a Redemptoris Mater de São João Paulo II

"Sim, peguem-na e leiam-na. De verdade, o Papa São João Paulo II tinha um estilo de pensamento circular, foi professor e um homem de Deus, então será necessário lê-la várias vezes para aproveitar todo o seu conteúdo".

4. Não esqueçam suas raízes

"Cuidem da saúde, mas sobretudo cuidado com pegar uma doença; uma doença que é meio perigosa ou muitas vezes perigosíssima na vocação a qual o Senhor nos chamou gratuitamente, a segui-lo ou a servi-lo. Não caiam no 'Alzheimer espiritual', não percam a memória, especialmente a memória 'de onde eu vim' ".

5. Recordem o conselho de São Pablo a Timóteo

" 'Não esqueça da fé que tinha sua avó e sua mãe'. Isto é: Não esqueçam de onde saíram, não esqueçam das suas raízes.

6. A vocação religiosa não é uma carreira

"Não se sintam promovidos. A gratuidade é uma graça que não pode conviver com a "promoção"; e quando um sacerdote, um seminarista, um religioso ou religiosa entra na carreira, melhor dizendo, "carreira humana" começa a adoecer de 'Alzheimer espiritual' e perdem a memória de onde vieram".

7. Primeiro é o serviço

"Deus me escolheu, me elegeu para que? Para servir"; ou seja: 'Não, é que preciso do meu tempo, de fazer as minhas coisas, tenho que fazer isto, já terminei o meu horário de atendimento... E tinha que abençoar uma casa, mas, não, estou cansado, hoje assistirei uma linda novela na televisão, então, (para as religiosas). "Serviço, servir, servir e não fazer outra coisa do que servir quando estamos cansados".

8. Por favor não cobrem a graça

"Por favor, por favor, não coloquem a culpa na graça. Por favor, a nossa pastoral deve ser gratuita".

Durante o seu discurso, o Papa Francisco também destacou a piedade do povo equatoriano e disse: "Depois de perguntar-lhe a Jesus várias vezes em sua oração, viu que 'a receita', é a consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

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