WASHINGTON DC, Jul 24, 2015 / 12:15 pm
O Partido Democrata, liderado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "se solidarizou" com a Planned Parenthood – acusada de traficar órgãos de bebês abortados em suas instalações –, e como consequência exigiu que se investigue a organização pró-vida que armou este escândalo, o Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico).
O CMP difundiu dois vídeos, gravados através de uma câmera escondida, por dois atores que fingiam ser compradores de órgãos, no qual se evidencia que grandes funcionárias da maior multinacional abortista do mundo, Planned Parenthood, vendem órgãos de bebês abortados em suas instalações por um valor de 35 a 100 dólares.
No segundo vídeo, publicado no dia 21 de julho, a doutora Mary Gatter, Presidenta do Conselho de Diretores Médicos da Planned Parenthood Federation of America, ao propor o pagamento adequado para a venda dos órgãos de bebês abortados manifesta: "quero um Lamborghini", marca de automóveis de luxo cujo modelo mais econômico – o "Furacão" – custa cerca de 200 mil dólares.
O CMP anunciou que se difundirão mais vídeos expondo a Planned Parenthood, como parte de sua investigação de três anos denominada "Capital Humano".
Em uma carta enviada à Fiscal Geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch e à Fiscal Geral do estado da Califórnia, Kamala Harris, os congressistas democratas Jan Schakowsky, Zoe Lofgren, Jerry Nadler e Yvette Clarke exigiram que se investigue e sancione o CMP por, entre outras coisas, "filmar secretamente um vídeo de um médico da Planned Parenthood da Califórnia e publicar partes deste vídeo sem o seu consentimento".
Para Logfren, "Planned Parenthood é uma organização muito respeitada e importante para a minha comunidade", enquanto que Schakowsky qualificou as denúncias contra a multinacional abortista como "um novo golpe baixo, inclusive para ativistas antiaborto, as quais não cessarão frente a nada nos seus esforços na luta pelo direito de uma mulher a decidir".
Para os correligionários de Barack Obama, as autoridades não devem lançar uma pesquisa contra Planned Parenthood, mas devem investigar "esta conspiração de vários anos" para averiguar se a organização pró-vida "poderia ter desrespeitado a lei, ao desenvolver esta incrível, elaborada e inquietante conspiração".
De acordo ao Center for Responsive Politics, em 2014, cerca de 153 parlamentares do Partido Democrata receberam mais de 676 mil dólares da Planned Parenthood. Enquanto no Partido Republicano, somente o deputado Richard Hanna recebeu 2.823 dólares.
Durante sua campanha de reeleição de 2012, o atual presidente Barack Obama recebeu aproximadamente 1,7 milhões de dólares da Planned Parenthood.
Por outro lado, oito estados deste país já começaram investigações contra as instalações locais da Planned Parenthood, após a publicação dos vídeos do CMP. Entre eles estão: Kansas, Georgia, Louisiana, Texas, Ohio, Indiana e Arizona.
O governador do Kansas, Sam Brownback, assegurou que seu estado "permanece comprometido com uma cultura que respeita a dignidade das pessoas em todas as etapas da vida".
"Os últimos vídeos publicados demostram empregados da Planned Parenthood tratando o não nascido como mercadoria, enquanto discutem a venda de tecidos e órgãos. Isto não pertence a cultura de vida que a maioria de nós deseja no Kansas", assegurou Sam.
Por sua parte, o Comitê de Energia e Comércio da Casa de Representantes (deputados) dos Estados Unidos escreveu uma carta a presidente da Planned Parenthood, Cecile Richards, através da qual solicitam que compareça antes do dia 31 de julho para responder sobre as acusações de tráfico de órgãos contra sua organização.
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