17 de novembro de 2024 Doar
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No dia de São Lourenço, Comissão da CNBB expressa gratidão aos diáconos permanentes pelo seu ministério

A Igreja celebra nesta segunda-feira, 10 de agosto, a memória litúrgica de São Lourenço, patrono dos diáconos. Por esta razão, o Arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, Dom Jaime Spengler, publicou uma mensagem aos diáconos permanentes do Brasil, com os quais se congratula "pelo ministério que exercem no seio de tantas comunidades".

São Lourenço era um dos sete diáconos da Igreja de Roma, cargo de grande responsabilidade, já que consistia no cuidado dos bens da Igreja e a distribuição de esmolas aos pobres.

Em 257, o imperador Valeriano publicou o decreto de perseguição contra os cristãos e, no ano seguinte, o Papa Sixto II foi detido e decapitado. São Lourenço o acompanhou no martírio quatro dias depois.

Segundo as tradições quando o Papa São Sixto se dirigia ao local da execução, São Lourenço ia junto com ele, chorando. "Onde vai sem seu diácono, meu pai?", perguntava-lhe. O Pontífice respondeu: "Não pense que te abandono, meu filho, pois dentro de três dias me seguirás".

Santo Agostinho diz que o grande desejo que tinha São Lourenço de unir-se a Cristo, fez com que esquecesse as exigências da tortura. Também afirma que Deus realizou muitos milagres em Roma por intercessão de São Lourenço. Este santo foi, desde o século IV, um dos mártires mais venerados e seu nome aparece no cânon da Missa.

Foi sepultado no cemitério de Ciriaca, sobre a Via Tiburtina. Constantino ergueu a primeira capela no local que ocupa atualmente a Igreja de São Lourenço extramuros, que é a quinta Basílica patriarcal de Roma.

Uma curiosidade sobre São Lourenço Mártir, é que ele é o patrono dos comediantes, cômicos e humoristas. Isto, porque o santo, ao ouvir de São Sixto que em três dias receberia uma gloriosa coroa de martírio, alegrou-se e distribuiu entre os pobres todos os tesouros disponíveis da Igreja. Depois, o juiz pagão que chefiava seu processo perguntou onde estavam os bens da Igreja, e Lourenço reuniu os pobres e enfermos de Roma e disse: "Eis os tesouros da Igreja". O juiz irritou-se e mandou queimá-lo a fogo lento sobre uma grelha de ferro. Lourenço, destemido, ironizou o carrasco e quando o fogo já lhe queimara a pele por completo, disse: "De um lado já estou bem assado, vira-me para outro lado e come." 

Na mensagem que dirigiu aos diáconos permanentes do Brasil, Dom Jaime Spengler recorda os 50 anos da restauração do Diaconato Permanente na Igreja e fala da origem apostólica dos diáconos, narrada no livro dos Atos dos Apóstolos. "Diante do crescimento do número de discípulos, das lamentações apresentadas por alguns e o empenho dos apóstolos no exercício da pregação, foram escolhidos homens de 'boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria' para o serviço das mesas".

O presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados destaca que a vocação é um dom divino e que o ministério é recebido da Igreja, o qual deve ser vivido em comunhão com os Pastores que Deus colocou à frente da Igreja.

Dom Jaime menciona ainda as Diretrizes para o Diaconato Permanente da Igreja no Brasil, para falar sobre a cooperação dos diáconos na obra de evangelização. "A promoção da caridade e do serviço constitui um campo privilegiado de evangelização. O diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui para a edificação do Corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa, desenvolvendo o senso comunitário e o espírito de família. Vai ao encontro das pessoas de qualquer religião ou raça, classe ou situação social, fazendo-se um servidor de todos como Jesus", cita.

Por fim, o prelado também agradece às famílias dos diáconos permanentes, que participam deste trabalho na Igreja. "É nela – na tua família – que por primeiro brilha o teu testemunho de fidelidade e o teu empenho na ação evangelizadora. Mostras assim que as obrigações familiares, de trabalho e do ministério podem harmonizar-se no serviço da missão da Igreja (João Paulo II. 19.09.1987)", escreveu o Arcebispo.

Confira a carta de Dom Jaime na íntegra em:
http://www.cnbb.org.br/comissoes-episcopais-1/ministerios-ordenados/17092-cnbb-recorda-festa-de-sao-lourenco-com-mensagem-aos-diaconos-permanentes 

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