6 de dezembro de 2024 Doar
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Dorothy Day é exemplo de luta pela defesa da vida, recorda arcebispo norte-americano

Dorothy Day. | Wikipédia / Gobonobo / Domínio Público.

Em sua nova coluna semanal titulada "Todas as criaturas do criador", Dom José Horácio Gómez, Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), a maior diocese católica do país, destacou o exemplo da Serva de Deus Dorothy Day, que o prelado considera um modelo na missão da Igreja na defesa da vida e na dignidade do ser humano.

Dorothy foi uma jornalista de esquerda que abortou por medo de perder seu amante e após a sua conversão dedicou sua vida a evangelizar e defender os pobres e indigentes.

Day nasceu em Nova Iorque em 1897. Assistiu, mas não se graduou, na Universidade de Illinois. Em 1916 começou a trabalhar como correspondente nas publicações esquerdistas em Chicago. Seus escritos eram sobre o amor livre, o aborto, o feminismo, entre outros temas.

Logo após a sua conversão lançou uma revista católica chamada "The Catholic Worker", através da qual divulgava as injustiças contra os operários, a situação de pobreza, o trabalho infantil, a exploração trabalhista dos negros, etc. Também fez um voto de pobreza. Atualmente Dorothy está em processo de beatificação.

Através do seu testemunho, Dorothy Day conseguiu acolher mulheres que estavam passando pelos mesmos problemas, depois de praticar o aborto.

"Desde seu ponto de vista, ela nos ensina como deve ser nossa própria predicação e ministério; nos ensina como falar a respeito deste tema delicado de uma maneira que manifeste o perdão, a reconciliação e a cura", comentou Dom Gómez.

O Prelado mencionou ainda uma das frases pronunciadas por Day deve converter-se em lema pró-vida: "Deem lugar às crianças, não se desfaçam delas".

Por outro lado, a Serva de Deus reconheceu a dignidade de cada ser humano, pois compreendia o parentesco espiritual de cada pessoa, sem distinção, ao serem todos filhos do Pai Criador.

"Não podemos deixar de reconhecer o fato de que todos somos irmãos. Seja que um homem acredite ou não em Jesus Cristo, na sua encarnação, na sua vida aqui conosco, na sua crucificação e ressurreição; seja que acredite ou não em Deus, ainda assim, continuamos sendo todos filhos de um mesmo Pai", dizia Day.

Em seguida, Dom Gómez assinalou que ela também pedia a todos os fiéis derroquem os falsos ídolos do individualismo, do racismo, da carne, do mercado e do nacionalismo porque estes impedem o reconhecimento da sacralidade da vida.

"Dorothy Day nos recordou também que como políticas públicas, o aborto e o controle da natalidade são ´pecados sociais´, crimes contra a criação e contra a humanidade inteira. Ela achava que o ´controle da natalidade e o aborto eram um genocídio´ contra os pobres e contra as minorias".

Ao finalizar o Prelado exortou a seguir os exemplos de Dorothy Day e contribuir à uma nova cultura de vida".

"Então, continuemos com nossa missão; a missão de construir a nova cultura de vida em nossos tempos. Trabalhemos para abrir os olhos das pessoas em relação à beleza da criação, à beleza que existe em cada vida humana, e também a fonte de toda vida no amor do nosso Criador", concluiu.

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