21 de novembro de 2024 Doar
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A Igreja na China ordenará um segundo bispo neste ano com aprovação do Vaticano

Crucifixo, imagem referencial. Foto Flickr Jacinta Lluch Valero (CC-BY-SA-2.0)

Os fiéis católicos da China se preparam para a ordenação do seu segundo bispo em três anos, com a aprovação da Santa Sé. A consagração viria acontecer na província de Henan, lugar no qual Dom Cosmos Ji Chengyi assumirá a sede de Zhumadian.

O porta-voz da Diocese de Henan, Padre Li Jianlin, assegurou no dia 12 de agosto que tanto Dom Ji quanto Dom Joseph Zhang Yinlin, recém-ordenado, foram aprovados pela Santa Sé.

Além disso, informou a fundação pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), o porta-voz explicou que a Igreja local está preparando o templo para a ordenação e que ainda não existe uma data definida, nem um horário fixo para esta.

O Pe. Li Jianlin assinalou que "os católicos estão emocionados porque é a primeira vez desde fundação da província de Henan que acontece uma cerimônia de ordenação reconhecida por ambas as partes", ou seja, pelas autoridades do governo da China e da Santa Sé.

No dia 4 de agosto deste ano, Dom Joseph Zhang Yinlin foi ordenado Bispo coadjutor de Anyang, convertendo-se no primeiro bispo católico ordenado nos últimos três anos.

AIS informou que um perito do Holy Spirit Study Centre, um órgão da Diocese de Hong Kong, considerou que estas duas ordenações são "sinais positivos de que o governo chinês está mais aberto".

O último Bispo ordenado antes deles foi consagrado no dia 7 de julho de 2012: Dom Thaddeus Ma Daqin, Bispo Auxiliar de Shangai, que agora está sob prisão domiciliário no seminário de Sheshan, depois de apresentar sua demissão como sinal de protesto contra a Associação Patriótica Católica da China, controlada pelo Governo.

Na China existe entre 8 e 12 milhões de fiéis católicos. O Governo permite o culto católico unicamente à Associação Patriótica Católica da China, subalterna do Partido Comunista, e rejeita a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los. A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina; embora seja constantemente assediada.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano acabaram desde 1951, dois anos depois da chegada do poder dos comunistas, os quais expulsaram os clérigos estrangeiros.

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