18 de dezembro de 2024 Doar
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VÍDEO: Enquanto cinegrafista chuta refugiados na Hungria, sacerdote prepara albergue para eles

Em meio da comoção pelas violentas imagens da repórter húngara Petra Lazslo chutando vários refugiados que tentam de ingressar na Hungria escapando da polícia de migração, um sacerdote da região fronteiriça de Röszke está preparado para recebê-los em sua paróquia e pede aos húngaros e estrangeiros que superem medos e tensões.

Durante esta semana, proclamaram-se contra Lazslo nas redes sociais, devido a um vídeo no qual se vê como ela chuta um pai com seu filho pequeno e chuta menores de idade na fronteira entre Hungria e Sérvia. A mulher foi despedida do seu trabalho e pode enfrentar uma pena de até sete anos de prisão por seus atos.

Neste contexto, a agência AFP informou que o sacerdote Thomas Liszkai, que trabalha em Röszke, próximo ao lugar no qual ocorreu a agressão, está disposto a atender o apelo do Papa Francisco de acolher os refugiados, sem importar sua origem nem credo.

"Devemos contribuir e ajudar nestas situações. Devemos dar amor a estes migrantes, a estes homens, mulheres e crianças", assegurou o sacerdote de 39 anos, que abriu um albergue com 30 camas a fim de acolher os refugiados.

"Com o frio que faz à noite, é importante que estas pessoas encontrem um lugar quente para dormir com seus filhos", advertiu.

O presbítero comenta à AFP que está preparado para recebê-los, mas a polícia ainda não permite que os refugiados deixem os acampamentos "para ser inscritos".

Apesar da proposta de acolhida em sua Igreja, "os migrantes não quiseram vir porque têm medo de que uma vez aqui os levem aos campos". "Não é importante saber quem é quem. O Papa disse que devemos ver um ser humano em cada um destes migrantes, sem racismo", recordou.

O sacerdote reconhece que tem muito trabalho pela frente. "Muita gente ainda tem medo de ajudar", mas "devemos ser mais fortes que os nossos medos".

 Katlin, disse à AFP: "Somos seres humanos, também somos mães, sabemos que temos que ajudar. Mas, por exemplo, quando lhes damos comida, a jogam fora. O que devemos pensar disto, quando as coisas também são difíceis para nós?".

O comentário desta mãe de família foi feito logo após difundirem as imagens nas quais um grupo de refugiados muçulmanos rejeita pacotes de comida, possivelmente porque estava o símbolo da Cruz Vermelha.

A desconfiança mútua é real, reconheceu o Pe. Liszkai. "Todos estes migrantes fazem um simples gesto de ajuda e os albergaremos".

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