18 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco sobre a crise na Síria e no Iraque: “Ninguém pode fingir que não sabe”

Refugiados no Iraque | Flickr UNHCR-ACNUR (CC-BY-NC-SA-2.0)

A crise do Oriente Médio neste momento é "um dos dramas humanos mais esmagadores das últimas décadas", por causa das "terríveis consequências" dos conflitos na Síria e no Iraque sobre "as populações civis e o patrimônio cultural".

O Pontífice assinalou: "As atrocidades e as violações inauditas dos Direitos Humanos que caracterizam estes conflitos são difundidos pelos meios de comunicação em tempo real" e estão visíveis "aos olhos de todo mundo".

"Ninguém pode fingir que não sabe!", exclamou. "Todos são conscientes de que esta guerra pesa de maneira insuportável sobre as costas das pessoas mais pobres".

O Santo Padre falou na manhã de hoje da perseguição religiosa que sofrem os cristãos e outras minorias religiosas nestes países – sobretudo pelo autodenominado Estado Islâmico – lugar no qual a comunidade internacional "não parece capaz de encontrar respostas adequadas".

O Pontífice manifestou que "é necessário encontrar uma solução que nunca deve ser violenta, porque a violência somente gera novas feridas, gera mais violência".

Durante o discurso aos participantes de um encontro promovido pelo Pontifício Conselho Cor Unum a respeito da crise humanitária na Síria e no Iraque, o Papa também afirmou que "a Igreja responde testemunhando Cristo com coragem, através da presença humilde e fervorosa, o diálogo sincero e o serviço generoso a favor daqueles que sofrem ou são necessitados, sem distinções".

Além disso, o Santo Padre assegurou sua oração por todas as vítimas do conflito e destacou o "grave dano às comunidades cristãs na Síria e no Iraque, onde muitos irmãos e irmãs são perseguidos por causa de sua fé, expulsos das suas terras, mantidos em cativeiro ou inclusive assassinados".

"Durante séculos, as comunidades cristãs e muçulmanas conviveram nestas terras com base no respeito recíproco. Hoje é a mesma legitimidade da presença de cristãos e outras minorias religiosas a qual é negada em nome de um 'fundamentalismo violento que reivindica uma origem religiosa'", expressou o Papa recordando palavras de Bento XVI.

Nestes países "o mal destrói os edifícios e as infraestruturas, mas sobretudo a consciência do homem", e "os traficantes de armas, armas banhadas com o sangue de inocentes".

Ante "este oceano de dor", o Pontífice argentino pediu atenção às necessidades dos mais pobres e indefesos, manifestando a sua preocupação com a situação dos doentes e das crianças.

Em seguida, o Santo Padre enumerou algumas consequências sofridas pelas crianças e pelos jovens ao serem privados de alguns direitos fundamentais, como por exemplo: "crescer na serenidade da família, serem atendidos e cuidados, brincar, estudar".

Milhões de crianças "são privadas do direito a estudar e são obrigados a procurar refúgio". Líbano, Jordânia e Turquia "levam hoje o peso de milhões de refugiados aos quais acolheram generosamente", acrescentou.

"Em nome de Jesus, que veio ao mundo para curar as feridas da humanidade, a Igreja se sente chamada a responder ao mal com o bem, promovendo um desenvolvimento humano integral, preocupando-se 'de cada homem e de todo homem'".

Portanto, "para atender a este difícil chamado, o Papa recordou que os católicos devem reforçar a colaboração intereclesial e as relações de comunhão que os unem a outras comunidades cristãs, procurando colaborar com as instituições humanitárias internacionais e com as pessoas de boa vontade", exortou.

Por último, o Santo Padre apelou: "Não abandonem as vítimas desta crise, mesmo que caia a atenção do mundo sobre ela", concluiu.

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