24 de novembro de 2024 Doar
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Conheça a vida do futuro santo Junípero Serra e outros santos do continente norte-americano

Estátua de Junípero Serra no Capitólio dos Estados Unidos. | Flickr Adam Fagen (CC-BY-NC-SA-2.0)

O beato Junípero Serra será canonizado na próxima viagem do Papa aos Estados Unidos. Este é um pequeno resumo da sua vida e de outros santos já canonizados que se santificaram nos Estados Unidos.

Frei Junípero Serra

1 de Julho

Bem-aventurado Junípero Serra

Este beato, conhecido como o Apóstolo da Califórnia, nasceu em Petra na ilha de Maiorca, a 24 de novembro de 1713, de Antônio Serra e Margarida Ferrer, pais exemplares pelos costumes e piedade, embora pessoas de pouca instrução. A criança foi batizada com o nome de Miguel José e foi crismado com a idade de apenas dois anos, por ocasião da visita do bispo de Maiorca, Atanasio Esterripa. Ajudava os pais nos trabalhos do campo e frequentou a escola anexa ao convento franciscano de São Bernardino, dando provas de inteligência viva e aberta e desta forma pôde ser encaminhado para fazer estudos superiores.

Depois de um ano de estudos filosóficos no convento de São Francisco de Palma, com 17 anos, vestiu o hábito franciscano no convento Santa Maria de Jesus. A 15 de setembro de 1731 emitiu os votos religiosos mudando o nome de batismo para o de Junípero, devido à grande admiração que tinha para com Frei Junípero, um dos primeiros companheiros de São Francisco.

Aos 35 anos de idade, não obstante a fecundidade de seu apostolado na Europa, Frei Junípero, obedecendo a um chamado interior, partiu rumo às Missões da América junto com um seu discípulo, Frei Francisco Palòu. Os dois permanecerão juntos por toda a vida. Partiram no dia 13 de abril de 1749, de Málaga. Depois de dramática travessia chegaram a São João de Porto Rico no dia 18 de outubro e a 7 de dezembro alcançaram Vera Cruz, na costa sul do México. A pé prosseguiram até a cidade do México. Passou a exercer apostolado junto aos indígenas falando em sua língua.

O futuro santo fez um catecismo na língua do povo e ensinava ciência e técnicas a respeito do trabalho da terra. Graças à ajuda dos que eram missionados, Junípero e seu colega puderam construir em Santiago de Jalpán uma igreja de pedra, de estilo barroco ainda hoje tido como monumento de interesse histórico e tomado, posteriormente, como modelo para a realização de quatro outras igrejas na missão. 

Em junho de 1767, depois da expulsão dos jesuítas das possessões do vice-reino de Espanha por decisão de Carlos III, as missões da Baixa Califórnia foram confiadas aos Franciscanos e Frei Junípero foi nomeado seu superior. Em 1º de abril de 1768, junto com 14 companheiros, empreendeu a corajosa e extenuante viagem rumo à península da Baixa Califórnia.

Depois de dois anos, devido também às condições econômicas favoráveis, pôde fundar a primeira missão californiana de San Diego de Alcalà. Deslocou-se na direção da Alta Califórnia e fundou as Missões de São Carlos Borromeu, de Santo Antônio de Pádua, São Gabriel e de São Luis Bispo e muitas outras. Segue-se um período de incompreensão com um comandante militar da Nova Espanha, José de Galvez. Por este motivo, o bem-aventurado retirou-se a pé para o México permanecendo no Colégio de São Ferdinando até 13 de março de 1774. No final da vida, retirou-se com seu confrade fiel para Monterey, na Califórnia, que escreveu a biografia do bem-aventurado como testemunha ocular.

Junípero Serra, segundo o site dos franciscanos no Brasil, foi definido como um colosso de evangelizador. Durante dezessete anos, precisamente de 1767 a 1784 percorreu, apenas na Califórnia, perto de 9.900km a pé, 5.400 em embarcação, não obstante a idade e as enfermidades. Fundou 9 missões, das quais derivam os nomes franciscanos de cidades californianas muito importantes, como São Francisco, São Diego, Los Angeles, etc.

Frei Junípero, fortemente debilitado em sua saúde, pela asma e gangrena numa perna, morreu a 28 de agosto de 1784 no retiro do Carmelo de Monterrey na Califórnia com 71 anos de idade, sendo que 36 deles foram dedicados à missão.

Considerado o pai dos índios, foi honrado como herói nacional. Desde 1º de março de 1931, a sua estátua representando o Estado da Califórnia, está entre as outras dos Pais fundadores dos Estados Unidos na Sala do Congresso de Washington, estátua única de um religioso no Santuário dos americanos ilustres. O ponto mais alto da cordilheira de montanhas de Santa Lucia na Califórnia tem o seu nome.

Joao Paulo II o beatificou a 25 de setembro de 1988. Francisco o canonizará em ukma cerimônia solene no dia 23 de Setembro. 

Santa Isabel Ana Bayley Seton

4 de janeiro

Isabel Ana (Elizabeth Ann) nasceu em Nova Iorque em 28 de agosto de 1774. Cresceu no seio da igreja episcopaliana. Contraiu matrimônio com William Seton à idade de vinte anos e chegou a ter cinco filhos. Em 27 de dezembro de 1803 ficou viúva e anos mais tarde, em 14 de março de 1805 ela abraça o catolicismo, o qual supôs para ela múltiplos provas, tanto interiores como exteriores, vindas dos parentes e amigos. Todas as superou com fé, amor e valentia.

Aplicou-se assiduamente à vida espiritual. Educou com solicitude os seus filhos e, desejosa de entregar-se à atividade caridosa e educadora, em 1809 na diocese de Baltimore funda o Instituto de Irmãs da Caridade de São José, renovando a gesta de São Vicente de Paula e Santa Luiza de Marillac. Dito Instituto tem por finalidade a formação de moças. É a primeira Congregação religiosa feminina na América do Norte.

Depois de sua morte as Irmãs se unem à Companhia das Filhas da Caridade de Paris, tal como foi seu desejo desde os começos.

Também funda a primeira escola paroquial católica nos Estados Unidos.

Morre piedosamente na cidade de Emmitsburg, Maryland, no dia 4 de janeiro de 1821. Sua beatificação tem lugar em 17 de março de 1963, sob o pontificado do João XXIII. Em 14 de setembro de 1975 foi canonizada pelo papa Paulo VI.

Dois grandes temas marcaram sua vida espiritual: a fidelidade à Igreja e a eternidade da glória.

Sua festa se celebra no calendário da igreja em 4 de janeiro.

São João Neumann

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5 de Janeiro

John (João) Neumann, foi bispo da Filadélfia. Nasceu em Prachatitz, na região da Bohemia (antiga Tchecoslováquia), Sul da Europa, em 28 de Março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis. Cursou os anos de escola em Budweis e ali entrou no seminário o ano 1831.

Dois de anos depois, passou à universidade do Charles Ferdinand em Praga onde estudou teologia. Quando sua preparação para o sacerdócio chegou ao fim em 1835, desejava ordenar-se mas o bispo decidiu que não haveria ali mais ordenações. Resulta-nos difícil imaginar hoje um bispo cujo problema era muitos sacerdotes, mas isto ocorreu. E foi assim que João escreveu a bispos do mundo todo, mas em todas partes a mesma história: nenhum queria mais sacerdotes. João estava seguro de sua vocação ao sacerdócio, mas todas as portas pareciam fechar-se a ele.

João, porém, não se arredou. Aprendeu o inglês trabalhando em uma fábrica com operários de língua inglesa. Desta forma, pôde escrever aos bispos dos Estados Unidos.

Finalmente, o bispo de Nova Iorque aceitou ordená-lo. Para responder à chamada de Deus de ser sacerdote, teve que abandonar sua família para sempre e atravessar o oceano para entrar em uma terra longínqua e difícil.

Em Nova Iorque, João foi um dos 36 sacerdotes para os 200.000 católicos da diocese. Sua paróquia, ao oeste de Nova Iorque, estendia-se de Ontario (Canadá) até a Pensilvania. Sua igreja não tinha nem campanário nem estava pavimentada, mas isto não importava absolutamente já que João passava a maior parte de seu tempo visitando povoado após povoado, escalando montanhas, para visitar os doentes, para deter-se nas cabanas e nos botequins a fim de ensinar e celebrar a missa na mesa da cozinha.

Devido a seu trabalho e ao longínquo da paróquia, Juan sonhava com uma comunidade: entrou com os redentoristas, uma Congregação de sacerdotes e irmãos que se dedicavam a ajudar aos pobres e aos mais abandonados. Depois de trabalhar em Baltimore e Pittsburgh, em 1847 foi renomado Visitador, ou Superior, dos redentoristas nos Estados Unidos.

Anos depois, Padre Neumann foi nomeado Bispo da Filadélfia e consagrado em Baltimore em 2 de março de 1852. Sua diocese era muito grande e passava por um período de considerável desenvolvimento. Como bispo, foi o primeiro em organizar um sistema diocesano de escolas católicas. Fundador da educação católica no país, as escolas de sua diocese aumentaram de 2 a 100. Fundou as Irmãs da Terceira Ordem de São Francisco para ensinar nestas escolas.

Entre as mais de oitenta igrejas que construiu durante seu episcopado, está a catedral dos Santos Pedro e Paulo que ele começou. Neumann era de estatura pequena, nunca teve uma saúde robusta, mas em sua curta vida teve uma grande atividade. Encontrou tempo para uma considerável atividade literária além de suas obrigações pastorais. Escreveu deste modo numerosos artigos em revistas e periódicos católicos; publicou dois catecismos e, em 1849, uma história da Bíblia para escolas. Continuou esta atividade justamente até o final de sua vida.

Em 5 de janeiro de 1860 (com 48 anos de idade) teve uma queda na rua, em sua sede episcopal e morreu antes de que pudessem dar-lhe os últimos Sacramentos. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI em 13 de outubro de 1963 e canonizado pelo mesmo Papa sobre em 17 de junho de 1977. Sua festa é no dia 5 de janeiro.

Santa Catarina Drexel

3 de Março

Nasceu em 26 de Novembro do 1858 na Filadélfia, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos. Seus pais, Francis A. e Enma Drexel, eram uma família muito rica. Desde pequena lhe ensinaram a utilizar sua riqueza generosamente. Sua irmã maior, Isabel, abriu na Pensilvânia uma escola para órfãos; sua irmã mais jovem fundou uma escola para pessoas pobres de raça negra na Virginia.

Catarina cuidou de sua mãe por três anos até que esta morreu em 1883. Preocupada com a grande necessidade em que se encontravam os índios americanos, Catarina pediu ao Papa Leão XIII, durante uma audiência em 1887, que enviasse mais missionários ao estado de Wyoming, para seu amigo o Bispo James O'Connor. O Papa lhe respondeu, "Por que você mesma não se torna missionária?".

Catarina visitou os estados do Norte e Sul Dakota, conheceu chefe índio da tribo Sioux e começou sua ajuda sistemática às missões com os índios americanos. Com o tempo gastou a fortuna da família nesta ajuda e ao final, decidiu consagrar-se a Deus ingressando no noviciado das Irmãs da Misericórdia (Sisters of Mercy). Fundou as Irmãs do Santíssimo Sacramento para os índios e negros, em Santa Fe, Novo México, EUA em 1891.

A Madre Francisca Cabrini, quem também foi canonizada, aconselhou-lhe a receber a aprovação de Roma para a ordem. Recebeu esta aprovação no ano de 1913.

Em 1942, Catarina tinha um sistema de escolas católicas para índios americanos e pessoas de raça negra em 13 estados. Este sistema incluía 40 missões, 23 escolas rurais, 50 missões para os índios e a Universidade Xavier em New Orleans, Louisiana, USA, a primeira universidade nos Estados Unidos para as pessoas de raça negra. Por tudo isto Catarina sofreu perseguições.

Depois de um ataque de coração, passou os últimos 20 anos de sua vida concentrada na oração e na meditação. Morreu em 3 de março, 1955, na sede de sua comunidade em Bensalem, Pensilvânia.

Foi beatificada no dia 20 de Novembro de 1988 por João Paulo II e canonizada por ele mesmo em 1 de outubro de 2000. É considerada a apóstolo dos índios americanos e pessoas de raça negra. Sua data litúrgica é 3 de janeiro.

Santa Francisca Xavier Cabrini

13 de Novembro

Augustin Cabrini era um fazendeiro pobre, cujas terras estavam situadas perto de Sant' Angelo Lodigiano, entre Pavía e Lodi, na Itália. Sua esposa, Esteira Oldini, era milanesa. Tiveram treze filhos, dos quais a penúltima, nascida em 15 de julho de 1850, recebeu no batismo os nomes de Maria Francisca, aos quais mais tarde acrescentaria o de Xavier. Francisca cresceu em meio à miséria que pairava, em meados do século XIX, no norte da Itália. Mal se viu formada, porém, encontrou-se órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe. Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa. Aos poucos, foi criando coragem e, por fim, pediu admissão em dois conventos, mas não foi aceita em nenhum. A causa era a sua fragilidade física.

Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu do sonho. Passado o tempo, quando já tinha trinta anos de idade, desabafou com um bispo o quanto desejava abraçar uma obra missionária e esse a aconselhou: "Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um". Foi, exatamente, o que ela fez.

Com o auxílio do vigário, em 1877 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de São Francisco Xavier. Ainda obteve o apoio do Papa Leão XIII, que apontou o alvo para as missões de Francisca: "O Ocidente, não o Oriente, como fez São Francisco". Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras que assolavam a Itália. As pessoas chegavam aos cais do Novo Mundo desorientadas, necessitadas de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação espiritual. Francisca preparou missionárias dispostas e plenas de fé, como ela, para acompanhar os imigrantes em sua nova jornada.

Tinham o objetivo de fundar, nas terras aonde chegavam, hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitassem calor humano, amparo e conforto.

Em trinta anos de intensa atividade, Francisca Cabrini fundou sessenta e sete Casas na Itália, França e nas Américas, incluindo uma no Brasil. Mais de trinta vezes cruzou os oceanos aquela "pequena e fraca professora lombarda", que enfrentava, destemida, as autoridades políticas em defesa dos direitos de seus imigrantes nos novos lares.

Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, Estados Unidos, em 22 de dezembro de 1917. Solenemente, seu corpo foi transportado para Nova York, onde o sepultaram na capela anexa à Escola Madre Cabrini, para ficar mais próxima dos imigrantes. Canonizada em 1946, Santa Francisca Xavier Cabrini é festejada no mundo todo, no dia de sua morte, como padroeira dos imigrantes. A Madre Cabrini é considerada Mãe dos emigrantes e sua festa é no dia 13 de novembro.

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