Roma, Nov 10, 2015 / 14:53 pm
Menos de um mês após a conclusão do Sínodo dos Bispos sobre a Família, os membros da Conferência Episcopal da Alemanha realizarão uma visita "ad limina" de 16 a 20 de novembro, em que informarão ao Papa Francisco e aos distintos dicastérios da Cúria do Vaticano sobre a realidade de cada uma de suas Dioceses.
No dia 20 de novembro, assinala a nota de imprensa da Conferência Episcopal, o Santo Padre receberá em audiência todos os Prelados, liderados pelo Presidente do Episcopado alemão e Arcebispo do Munique e Freising, Cardeal Reinhard Marx.
Nos dias 17, 18 e 19 de novembro, os bispos celebrarão Missas em três das Basílicas papais de Roma: São João de Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior, respectivamente. Além disso, farão uma visita à Embaixada da Alemanha ante a Santa Sede e à Comunidade de Santo Egídio em Roma.
Comunhão para divorciados em nova união
No dia 14 de outubro, no marco do Sínodo dos Bispos sobre a Família, o Cardeal Marx se pronunciou a favor de admitir ao sacramento da Comunhão os divorciados recasados, uma proposta originalmente de outro alemão que também participou da assembleia sinodal, o Cardeal Walter Kasper.
Nesse dia o Cardeal Marx disse: "Devemos considerar seriamente a possibilidade – olhando cada caso individualmente e não de modo geral – de admitir aos divorciados em nova união os sacramentos da Penitência e da Santa Comunhão".
Isto deve ser permitido, prosseguiu, "quando a vida compartilhada em um matrimônio canonicamente válido fracassou definitivamente e o matrimônio não pode ser anulado, as responsabilidades deste matrimônio se resolveram, existe um arrependimento pela falta que é a ruptura do vínculo matrimonial e exista a vontade de viver o segundo matrimônio civil na fé, educando os filhos na fé".
Uma semana depois, em 21 de outubro, o também Arcebispo do Munique e Freising disse em coletiva de imprensa que as propostas dos Bispos de língua alemã já tinham sido entregues ao Papa e que depende dele aceitá-las ou não.
A intervenção do Cardeal Marx aconteceu depois de alguns anos de uma série de pedidos dos bispos alemães a fim de mudar as normas da Igreja a respeito, apesar de nos últimos 50 anos os Papas terem rejeitado esta proposta por ser contrária à doutrina da Igreja, a qual estabelece que o matrimônio é indissolúvel e que este vínculo somente termina com a morte de um dos esposos.
No voo de retorno da Filadélfia para Roma no fim de setembro, o Papa Francisco disse aos jornalistas que dar a Comunhão aos divorciados em nova união era uma solução "simplista" ao problema.
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