22 de dezembro de 2024 Doar
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Papa se comove em entrevista telefônica ao falar dos atentados em Paris

Papa Francisco. | L'Osservatore Romano

Em uma conversação Telefônica transmitida por TV2000, o Papa Francisco manifestou sua dor pelos ataques terroristas ocorridos na sexta-feira, 13, em Paris (França), considerou que não há justificativa alguma e se solidarizou com todos os franceses.

Durante o breve diálogo com o canal de televisão da Conferência Episcopal Italiana, o Pontífice se mostrou muito abalado pelos terríveis atentados terroristas da França que, conforme informou no último sábado o fiscal geral de Paris, Francois Molins, deixaram 129 mortos e 352 feridos, 99 deles em estado grave.

"O sentimento é de comoção e de dor, não entendo, mas essas coisas são difíceis de entender, feitas por seres humanos", disse o Pontífice ao começar a falar a respeito, muito emocionado. "Por isso, me sinto comovido e condoído, e rezo".

"Faço-me próximo do povo francês, tão amado, próximo dos familiares das vítimas e rezo por todos eles", assegurou.

Perguntado se isto faz parte de "uma terceira guerra mundial em capítulos" que ele mesmo denunciou em muitas ocasiões, o Papa respondeu: "É isso mesmo, este é um capítulo. Mas não há justificações para essas coisas".

Não existe uma justificativa "religiosa nem humana. Isto não é humano. Por isso estou próximo de toda a França, à qual quero muito bem".

Nos ataques realizados na sexta-feira por terroristas islâmicos, morreram mais de cem pessoas e outras 250 estão feridas, mais de 90 delas permanecem em estado grave.

Pouco depois das 21:30 (hora local) ocorreram diversas explosões na capital francesa. As primeiras perto do estádio de futebol, onde estava presente o Presidente da República Francesa, François Hollande. Quase ao mesmo tempo, um terrorista disparou indiscriminadamente contra quem jantava em dois restaurantes do centro da cidade.

Na sala de concertos Bataclan, entre dois e quatro terroristas começaram a atirar nas pessoas e detiveram centenas de pessoas. Algumas delas conseguiram escapar, mas cerca de 100 pessoas foram assassinadas. Alguns terroristas foram presos pelas forças de segurança e outros se suicidaram no mesmo local, como homem bomba.

A França decretou estado de emergência e fechou todas as suas fronteiras. Teme que existam terroristas esperando para realizar novamente um atentado.

O Papa Francisco enviou na manhã de sábado um telegrama de condolências por meio do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, ao Arcebispo de Paris, Cardeal André Vingt-Trois.

"Uma vez mais, o Santo Padre condena energicamente a violência, que não pode resolver nada, e pede a Deus que inspire a todos pensamentos de paz e de solidariedade, e estende, sobre as famílias que estão sendo provadas e sobre todos os franceses, a abundância de suas benções".

 

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