Vaticano, Nov 16, 2015 / 12:40 pm
O Papa Francisco expressou novamente sua "profunda dor" pelos ataques terroristas "que durante a noite da sexta-feira ensanguentaram a França, causando numerosas vítimas". Assegurou com determinação que, "utilizar o nome de Deus para justificar esse caminho é uma blasfêmia!".
Após a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Pontífice manifestou: "Tanta 'barbárie' deixa todos chocados e questionando como é possível o coração humano conceber tanto horror, que abalou não somente a França, mas, o mundo inteiro".
"Ao Presidente da República Francesa e a todos os cidadãos ofereço a expressão de minha mais profunda condolência".
"De maneira particular, estou próximo dos familiares de todos aqueles que faleceram e dos feridos. Diante de tais atos, não se pode deixar de condenar a inqualificável afronta à dignidade da pessoa humana", disse o Santo Padre.
"Quero reafirmar com veemência que o caminho da violência e do ódio não resolve os problemas da humanidade!", exclamou. Em seguida, convidou todos os presentes na Praça São Pedro a se unirem a ele em oração, confiando todas as vítimas desta tragédia à misericórdia de Deus.
"Que a Virgem Maria, Mãe de Misericórdia, inspire nos corações de todos pensamentos de sabedoria e propósitos de paz. Pedimos que proteja e cuide da querida nação francesa, da Europa e do mundo inteiro".
Depois, o Pontífice e todos os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, permaneceram alguns segundos em silêncio e, em seguida, rezaram a Ave Maria.
Durante o último sábado, em uma conversação Telefónica transmitida por TV2000, o Santo Padre manifestou também sua dor pelos ataques terroristas. "O sentimento é de comoção e de dor, não entendo, mas essas coisas são difíceis de entender, feitas por seres humanos", disse o Pontífice ao começar a falar a respeito, muito emocionado. "Por isso, me sinto comovido e condoído, e rezo. Faço-me próximo do povo francês, tão amado, próximo dos familiares das vítimas e rezo por todos eles", assegurou. Não existe uma justificativa "religiosa nem humana. Isto não é humano. Por isso estou próximo de toda a França, à qual quero muito bem".
O Papa Francisco ainda enviou um telegrama de condolências através do Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, ao Arcebispo de Paris, Cardeal André Vingt-Trois: "Uma vez mais, o Santo Padre condena energicamente a violência, que não pode resolver nada, e pede a Deus que inspire a todos pensamentos de paz e de solidariedade, e estende, sobre as famílias que estão sendo provadas e sobre todos os franceses, a abundância de suas benções".
Na tarde e noite da sexta-feira, 13, vários terroristas islamistas cometeram sete atentados simultâneos em diferentes lugares da cidade.
Pouco depois das 21:30 (hora local) ocorreram diversas explosões na capital francesa. As primeiras perto do estádio de futebol, onde estava presente o Presidente da República Francesa, François Hollande. Quase ao mesmo tempo, um terrorista disparou indiscriminadamente contra quem jantava em dois restaurantes do centro da cidade.
Na sala de concertos Bataclan, entre dois e quatro terroristas começaram a atirar nas pessoas e detiveram centenas de pessoas. Algumas delas conseguiram escapar, mas cerca de 100 pessoas foram assassinadas. Alguns terroristas foram presos pelas forças de segurança e outros se suicidaram no mesmo local, como homem bomba.
A França decretou estado de emergência e fechou todas as suas fronteiras. As autoridades francesas, em colaboração às forças de segurança e serviços de inteligência da Europa investigam os fatos e já prenderam várias pessoas por sua relação aos terríveis atentados.
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