24 de novembro de 2024 Doar
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Bispos americanos reafirmam postura sobre a lei que regula o uso de armas por cidadãos

Imagem referecnial | Pixabay (Domínio Público)

Logo depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou uma ação executiva para frear a violência armada, os Bispos do país acolheram os "esforços razoáveis" na regulação de armas e pediram uma resposta por parte do Congresso.

"Por muito tempo os Bispos dos Estados Unidos defenderam políticas razoáveis a fim de ajudar a reduzir a violência armada", assinalou o Arcebispo de Miami, Dom Thomas Wenski, pouco depois do discurso de Obama. O Arcebispo é presidente do Comitê de Justiça Doméstica e Desenvolvimento Humano da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB).

"Embora seja verdade que nenhuma medida possa eliminar todos os atos de violência cometidos com as armas de fogo, acolhemos os esforços razoáveis a fim de salvar vistas humanas e fazer mais seguras nossas comunidades. Esperamos que o Congresso intervenha de uma forma mais decisiva com relação a este problema, considerando os diversos aspectos envolvidos", afirmou o Arcebispo em um comunicado no dia 6 de janeiro.

Acrescentou que além de uma "regulamentação razoável, a discussão também deve incluir o fortalecimento dos serviços sociais para as pessoas com doenças mentais, ao considerar que a grande maioria destas pessoas não são propensas a cometer atos criminais violentos".

Em 5 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos anunciou que os vendedores de armas de fogo deverão revisar os antecedentes criminais de todo potencial comprador; os estados proporcionarão informação acerca das pessoas qualificadas para comprar armas que não tenham doenças mentais ou tenham cometido alguma violência doméstica; e 230 novos examinadores serão contratados pelo FBI para a revisão de antecedentes.

O presidente também pediu ao Congresso que aprovasse 500 milhões de dólares a fim de melhorar o acesso aos serviços de saúde mental. Mencionou a necessidade de responder as 30 mil mortes por armas a cada ano e a muitos tiroteios de grande consideração, assinalando que "podemos encontrar formas de reduzir a violência armada em conformidade com a Segunda Emenda (da Constituição do país)".

Diversos legisladores republicanos e os candidatos presidenciais não demoraram a questionar a medida do Executivo.

O Bispo de Dallas, Dom Kevin Farrell, qualificou esta ação executiva como os "primeiros passos na correção das leis de armas que são tão fracos que chegam a ser ridículos" e elogiou os esforços de Obama com relação a este tema.

Ao concluir, o Prelado também denunciou que "o Congresso se vendeu descaradamente aos grupos de pressão a favor das armas. Se houvesse alguma dúvida, sua recente ação para acabar com a legislação de proibir às pessoas na lista de exclusão terrorista o comprovou".

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