MADRI, Jan 25, 2016 / 16:30 pm
Dom Demetrio Fernández, Bispo de Córdoba (Espanha), enviou sua carta semanal na qual fala sobre a importância da unidade dos cristãos, por motivo da celebração da semana de oração que todas as confissões cristãs realizaram simultaneamente, entre os dias 18 e 25 de janeiro.
"É muito mais o que nos une do que o que nos separa", indica o Bispo e aponta que nos últimos tempos "a perseguição, que produziu muitos mártires cristãos, o 'ecumenismo do sangue'" também uniu os cristãos de todas as confissões.
A separação dos cristãos em distintas confissões é, conforme afirma o Bispo de Córdoba, "uma ferida dolorosa no coração da Igreja, nossa mãe", já que "Jesus fundou uma só Igreja, a comunidade dos redimidos por seu sangue, na qual entramos pelo batismo".
Entretanto, ao longo da história, foram produzidas "feridas graves, que ainda não estão sanadas totalmente", como a cisão entre as igrejas do ocidente e do Oriente, da qual surgiu a Igreja ortodoxa que, "com seus patriarcados orientais, deram à única Igreja uma multidão de Santos".
Dom Fernández também aponta "outra ferida maior ainda em que Lutero rompeu com Roma para tentar viver mais evangelicamente, dando origem a tantas confissões protestantes". "São feridas que a todos doem", sublinha.
Contudo, o Bispo assegura que "a Igreja continua sendo uma, tal como a fundou nosso Senhor Jesus Cristo", apesar de que "seus filhos estão divididos em distintas confissões".
Dom Fernández explica que "é uma obrigação de todo cristão (católico, ortodoxo, protestante) orar pela unidade dos cristãos e trabalhar em seu ambiente por esta unidade tão desejada", porque "é muito mais o que nos une do que o que nos separa".
Por isso, o Prelado destaca a importância de respeitar cada uma das tradições cristãs, "a avaliação e a colaboração em campos comuns, a missão comum de dar a conhecer Jesus Cristo como o único salvador de todos os homens".
"O caminho para a unidade é, portanto, um caminho esperançoso e de conquistas alcançadas. Mas faltam ainda passos para chegar à comunhão plena de todos", assegura o Bispo de Córdoba.
Um dos pontos que mais nos une nos últimos tempos é "a perseguição, que produziu muitos mártires cristãos, o 'ecumenismo do sangue'". Além disso, explica na carta que quem "persegue hoje em dia os cristãos, que nos unge com o martírio, sabe que os cristãos são discípulos de Cristo: que são um, que são irmãos!".
"Não lhes interessa se são evangélicos, ortodoxos, luteranos, católicos, apostólicos… não lhes interessa! São cristãos".
Diante da perseguição e do grande número de mártires cristãos, o Bispo de Córdoba anima a "fazer o que estamos fazendo hoje: orar, falar entre nós, cortar distâncias, nos irmanar cada vez mais e orar todos pela paz no mundo, oferecendo por nossa parte o perdão cristão e a misericórdia a todos, também a quem persegue e calunia".
O Prelado também pede pelo Sucessor do Pedro, o Papa: "Ele recebeu do Senhor a preciosa missão de nos reunir na unidade e de confirmar todos os irmãos na fé. Quem tenta nos separar desta unidade com o Papa atenta gravemente contra a unidade da Igreja, porque onde está Pedro ali está a Igreja".
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