Cidade do México, Feb 17, 2016 / 15:30 pm
O Vigário Geral da Diocese de Ciudad Juárez, Mons. José René Blanco, assinalou que o Papa Francisco "quer nos ajudar a mudar nossa maneira de olhar o fenômeno da migração" com sua visita a esta cidade fronteiriça, a qual se converteu na porta de entrada de milhares de famílias para os Estados Unidos.
Em declarações recolhidas por Leigos em Missão Permanente, o Vigário Geral recordou a origem migrante do Santo Padre, cujos antepassados deixaram a Itália em busca de um futuro melhor na Argentina; uma experiência que fez com que o Pontífice ficasse "muito sensível à necessidade de tantas famílias migrantes".
"Acredito que o Papa quer nos ajudar a ver toda a riqueza espiritual que as famílias migrantes contribuem ao mundo", assinalou e destacou que justo uma família de migrantes foi a que "nos deu um Papa".
Além disso, indicou que nos Estados Unidos "há 25 milhões de mexicanos, a quarta parte de nosso país está trabalhando lá. O Papa quer nos ajudar a mudar nossa maneira de olhar o fenômeno da migração".
A respeito de terem escolhido Ciudad Juárez como parte da visita, o Vigário Geral disse que isto aconteceu porque é uma das dioceses "que nunca foi visitada".
"O Papa falou muito que somos chamados a ser uma igreja missionária, em saída permanente às periferias existenciais, e nossa fronteira, Ciudad Juárez, em meio de 3.500 quilômetros entre os Estados Unidos e o México – a maior fronteira entre um país do primeiro mundo e um país do terceiro mundo como nós –, é muito significativa. É uma periferia existencial, onde são reunidas todas as grandes necessidades da humanidade, as grandes qualidades e os grandes sofrimentos, grandes problemas e desafios", indicou.
O Pontífice celebrará uma Eucaristia hoje na área da Feira de Ciudad Juárez. "O Papa quer vir rezar na fronteira e, por isso, escolheu este lugar para presidir a Santa Missa, pois começará a celebração com um momento de oração, de joelhos ante esse muro construído como sinal de rechaço aos migrantes; a fim de rezar para que, como crentes, cristãos e católicos, colaboremos com Deus (…) em não construir muros de indiferença, rejeição, mas a ser pontes de comunhão na fé, na esperança, no amor, na solidariedade".
Nesse sentido, destacou a iniciativa da Igreja conhecida como "Casa do Migrante", a qual funciona em Juárez há aproximadamente 30 anos. "Acolhe milhares de famílias, crianças, jovens, doentes, idosos, sobretudo provenientes da América Central, do sul do país e de muitos que foram expulsos dos Estados Unidos. Ali, oferecem um lugar, comida, acompanhamento espiritual e defendem seus direitos civis", concluiu.
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