22 de dezembro de 2024 Doar
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Porta-voz do Episcopado espanhol pede que autor de exposição sacrílega não fique impune

O porta-voz da Conferência Episcopal espanhola, Pe. José María Gil Tamayo assegurou que quem ofende as convicções das pessoas não pode ficar impune. O comentário se refere à exposição sacrílega que Abel Azcona apresentou em Pamplona usando 242 hóstias consagradas que o artista roubou.

"Quando exercemos atos, se estes forem delitivos ou atentam contra as liberdades das pessoas, ou as convicções religiosas, existe uma responsabilidade", disse o sacerdote em uma coletiva de imprensa realizada ontem.

Azcona expôs na Sala Conde de Rodezno de Pamplona fotografias nas que mostrava 242 hóstias consagradas com as quais formou a palavra pederastia. Também exibia um prato cheio de formas consagradas. Estas hóstias teriam sido obtidas pelo autor em missas, nas quais ela fingia que comungava.

Depois de uma ação apresentada pela Associação Advogados Cristãos por supostos delitos de profanação e ofensa aos sentimentos religiosos, Abel Azcona foi intimado mas se negou a responder às perguntas da promotoria, só respondeu ao juiz.

 

No seu depoimento Azcona reconheceu que sabia que eram hóstias consagradas aquelas que usou para escrever a palavra pederastia, mas em sua declaração negou todos os cargos.

Apesar das queixas levadas à prefeitura (foram entregues mais de 110 mil assinaturas pedindo a retirada da exposição) as autoridades não fecharam a mostra sacrílega. De fato, o prefeito da cidade, Joseba Asirón, apoiou o artista alegando que o mesmo estaria exercendo sua liberdade de expressão.

Na conferência de imprensa do dia 25 de fevereiro, o Pe. Gil Tamayo disse que em suas declarações não se refere a considerações morais mas no aspecto delitivo dos atos do artista espanhol.

"Tem que haver consequências que a justiça determinará quais são", afirmou.

Pe. Tamayo também expressou que "lógicamente a exigência de um respeito tem que ser feita em todos os sentidos", por isso destacou que "a liberdade de expressão não ampara a transgressão dos direitos fundamentais".

"Em um marco de liberdade, não se pode transgredir sob capa de estética, aquilo que carece de ética e de falta de respeito aos demais, incluindo suas convicções religiosas", destacou o porta-voz.

"Os católicos queremos e fazemos uma opção de viver em liberdade e convivência, mas exigimos em reciprocidade por parte dos outros o respeito às nossas próprias convicções", concluiu.

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