27 de dezembro de 2024 Doar
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Igreja no Paquistão inicia processo para declarar mártir líder assassinado por talibãs

Os católicos do Paquistão poderiam ter um novo mártir. Seu nome é Shahbaz Bhatti, ministro católico para as minorias religiosas, assassinado no dia 2 de março de 2011, em Islamabad, por um grupo de talibãs, devido a sua oposição à lei de blasfêmia. Por ocasião do quinto aniversário da sua morte, a Igreja local começará a recolher testemunhos para abrir a fase diocesana e declará-lo mártir.

No último dia 1º de março, o Bispo de Islamabad, Dom Anthony Rufin, celebrou uma Missa em sua honra na Catedral. Além disso, ontem se realizou um evento comemorativo organizado por seu irmão e também líder católico Paul Bhatti, do qual participaram vários bispos, líderes muçulmanos e representantes civis de todo o país.

Shahbaz Bhatti foi um líder católico que lutou pela liberdade religiosa e pela paz no Paquistão. Declarou-se contra a lei da blasfêmia, a qual castiga, inclusive com a pena de morte, quem ofende o Corão ou Maomé, e que é empregada contra os cristãos e outras minorias religiosas. Seu trabalho provocou o ódio dos extremistas muçulmanos que planejaram matá-lo.

Em 2009, Bhatti foi ameaçado por ter defendido Asia Bibi, uma cristã falsamente acusada de blasfêmia.

Como Bhatti era consciente de que poderia ser assassinado por causa de sua fé, gravou esta mensagem em um vídeo:

"Quero compartilhar que eu acredito em Jesus Cristo, que deu sua vida por nós. Sei qual é o significado da 'cruz' e o seguirei até a cruz. Rezem por mim e pela minha vida".

Antes do seu assassinato Bhatti disse à agência Fides: "Sou um homem que queimou suas pontes. Não posso e não voltarei atrás nesta missão. Lutarei contra o fanatismo até a morte para defender os cristãos".

No dia 2 de março de 2011, quando o ministro de 42 anos saía de sua casa em automóvel rumo ao seu escritório, três talibãs mascarados colocaram seu veículo perto do dele. Descenderam e dispararam durante dois minutos. Os assassinos deixaram na cena do crime alguns panfletos nos quais descreviam o ministro como um "cristão infiel" e que havia sido assinado por "Talibã Al-Qaeda Punjab".

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