25 de novembro de 2024 Doar
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Irmã Dulce: há 24 anos o Brasil se despedia de seu Anjo Bom

Irmã Dulce. | Domínio Público

Neste domingo, 13 de março, a Igreja no Brasil vai recordar os 24 anos do falecimento de seu Anjo Bom, a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. A data será celebrada no santuário a ela dedicado em sua terra natal, Salvador (BA).

"Irmã Dulce ficou em nossa memória, em nosso coração, em nossas vidas e, sobretudo, na vida de todos aqueles que acorrem às Obras Sociais Irmã Dulce e se beneficiam deste grande legado de amor que ela deixou", destacou o reitor do Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, Frei Vandeí Santana, ao site da OSID.

Para o reitor, a memória da religiosa "ficou e ficará. Porque, não obstante estes 24 anos de partida, uma certeza nos anima: sua 'presença' na 'ausência'".

Frei Vandeí presidirá a Missa solene neste domingo, às 8h30, no Santuário, a qual deverá reunir milhares de fiéis e admiradores da vida e obra de Irmã Dulce, entre eles, funcionários, pacientes, moradores, alunos, voluntários e religiosos da OSID.

Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, após uma vida inteira dedicada a cuidar dos pobres e enfermos. Ela nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador (BA), tendo recebido como nome de batismo Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.

Ainda menina, a pequena já demonstrava seu interesse pela vida religiosa e, aos 13 anos, começou a tender os doentes e carentes na porta de sua casa, a qual passou a ser conhecida como "A Portaria de São Francisco".

Em fevereiro de 1933, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e recebeu o hábito em agosto do mesmo ano. Foi então que adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que faleceu quando ela tinha apenas 7 anos.

De volta à sua terra nata Salvadoral, iniciou em 1935 um trabalho assistencial junto às comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe.

Em 1939, depois de muito lutar para cuidar de seus doentes, ocupou um galinheiro ao lado do convento, depois a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde pública do país, com cerca de quatro milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.

A religiosa chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.

Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e agora segue o seu processo de canonização, para o qual é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de agosto, recordando a data em que recebeu o hábito de sua Congregação.

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