MADRI, May 16, 2016 / 19:00 pm
Patrícia Sandoval, atualmente é ativista pró-vida, defende o não nascido contando sua própria história de erros e de perdão. Abortou em três ocasiões, trabalhou para a clínica multinacional abortista Planned Parenthood e a síndrome pós-aborto a levou a um ciclo autodestrutivo de consumo de drogas e relações dependentes.
Segundo Patricia Sandoval explica ao Grupo ACI, no colégio informavam sobre o uso de anticoncepcionais e o sexo seguro. Mas, aos 19 anos começou a sair com um rapaz 5 anos mais velho do que ela e ficou grávida. No primeiro momento, decidiram que teriam o bebê, mas depois de uma conversa com uma amiga, Patricia teve medo e decidiu abortar sem que seu noivo soubesse de nada.
Quem lhe dava os anticoncepcionais grátis eram as clínicas da Planned Parenthood, porque conforme explica Sandoval, estas clínicas recebem dinheiro do governo.
Cinco meses depois do primeiro aborto, descobriu que estava grávida novamente. Desta vez, não falou com ninguém e decidiu abortar em segredo absoluto.
Começou a sofrer as terríveis consequências da síndrome pós-aborto. "Queria suicidar-me. Passei por uma profunda depressão e vergonha", recorda.
Ficou grávida pela terceira vez. Seu companheiro ficou feliz pela notícia, mas ela o convenceu de que não teriam o filho e por isso o obrigou a acompanhá-la a praticar o aborto.
"Ele tinha muitíssimo medo. Inclusive chegou a chorar. Eu me sentia muito mal, não só pelo que estava fazendo, mas também porque meu companheiro pensava que esse era o primeiro aborto, mas na verdade era o terceiro".
Seu namorado começou a sofrer também de síndrome pós-aborto. Patricia e ele terminaram a relação e ela começou sua vida em outra cidade. Encontrou trabalho em uma clínica da Planned Parenthood, onde lhe explicaram como devia dirigir-se às clientes. "Não podia levar fotos de sua família, não podia me referir ao bebê como ele ou ela, pois eram apenas células. De fato, não podia dizer nem mesmo a palavra 'bebê'".
Entretanto, de maneira inesperada, tudo mudou.
No primeiro aborto em que atuou como assistente, Patricia tinha que encontrar as partes do corpo do bebê extraído. "Ao ver seus dedos perfeitamente formados, percebia que não eram apenas células. Então, compreendi que havia assassinado meus três filhos".
Caiu em uma profunda depressão, decidiu não voltar mais à clínica. Entretanto, começou a ter uma relação com um homem que lhe ofereceu o consumo de drogas. Quando terminou essa relação, sentiu-se totalmente sozinha e sem forças para recomeçar.
Um dia, estava chorando na rua e uma jovem se aproximou dela e lhe recordou que Jesus ainda a amava. Levou-a para a casa de seu pai, com quem havia perdido o contato há alguns anos, e este a acolheu novamente.
Patricia começou a reconstruir sua vida, confessou-se dos abortos que havia cometido, mas ainda sentia algo que a impedia de permanecer tranquila. Havia curado seu corpo, mas não sua alma.
Por isso, decidiu participar de um retiro de cura para mulheres que praticaram um aborto chamado "Viñedos de Raquel" que mudou radicalmente sua vida.
"Cheguei ao retiro me sentindo uma assassina e uma pecadora malvada que abortou seus três filhos. Ao terminar o retiro, me reconheci mãe de três lindos bebês que Jesus e Maria cuidam e que me esperam para nos encontrar um dia no céu. Estava tão contente! Chamei o meu primeiro bebê de Marianna em homenagem à Virgem; o segundo, Emanuel, em homenagem a Jesus; e a terceira, Rosa, em homenagem ao Rosário", explica ao Grupo ACI.
Ela prometeu aos seus três filhos: "Como eu não dei a oportunidade que vocês vivam, de agora em diante e em homenagem a vocês, eu farei tudo o que for possível para defender a vida".
"A todas as mulheres que abortaram, se tiverem um coração arrependido poderão encontrar a cura. Poderão ser perdoadas e perdoar-se a si mesmas. E a todas as mães grávidas, quero lhes dizer que o aborto nunca é uma solução", expressa.
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