BOGOTÁ, Jun 7, 2016 / 17:00 pm
O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, afirmou que "os colombianos sabem que o Papa irá à Colômbia", uma visita que gerou muito entusiasmo no país sul-americano.
A autoridade vaticana fez esta afirmação logo depois de uma visita de sete dias à Colômbia, onde se reuniu com autoridades eclesiásticas e civis.
Em entrevista com ACI Stampa – agência em italiano do Grupo ACI – foi consultado ao Cardeal: "O Papa disse que irá à Colômbia. Que impacto poderá ter a visita do Santo Padre?".
"Os colombianos sabem que o Papa irá à Colômbia e encontrei muito entusiasmo com relação à visita. Acredito que a chegada do Papa possa dar consistência do ponto de vista social, confirmando o processo de paz que já foi iniciado entre o governo e os guerrilheiros. Mas também pode ter um impulso eclesiástico: o Papa tem muito carinho pela Colômbia, espera-se muito desta Igreja. E esta Igreja deve ser exortada a assumir esta responsabilidade missionária", respondeu o Cardeal Filoni na entrevista difundida na última segunda-feira, 6 de junho.
No dia 12 de fevereiro, durante o voo que o levava de Cuba ao México, o Papa Francisco prometeu viajar à Colômbia se o governo e as FARC chegarem a um acordo de paz. "Desejo ir à Colômbia, caso assinem um acordo de paz viajarei em 2017", assinalou o Pontífice na ocasião.
A respeito dos diálogos realizados em Havana, a autoridade vaticana indicou que um possível acordo de paz "poderia ser uma forma de laboratório" para o resto da região. "Devido ao narcotráfico, à guerrilha, a Colômbia passou por momentos difíceis. Tem esperança de chegar a algo positivo".
Entretanto, esclareceu que "nunca devemos pensar que o diálogo seja fácil e imediato. É necessário a vontade de avançar e se isso falta tudo acaba". Disse que vê esta vontade em acontecimentos concretos como "a libertação dos presos, a diminuição dos atentados. Acho que a Igreja está envolvida com determinação, entusiasmo, capacidade. Somos conscientes de que a missão da Igreja não é fazer a paz, mas estar entre aqueles que sustentam o diálogo de paz".
Nesse sentido, disse que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, "falou comigo sobre o compromisso de pôr um fim à guerrilha através do diálogo. Um compromisso que também foi animado pelo Papa Francisco". "As pessoas precisam viver em paz, mas também no equilíbrio social", assinalou.
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