21 de novembro de 2024 Doar
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Médicos da Venezuela recorrem ao Papa e à Igreja por escassez de remédios

Imagem referencial. | Pixabay / Domínio Público.

A crise econômica e social na Venezuela gerou uma grande escassez de remédios. Os médicos do Hospital Central de Maracay, na região central do país, decidiram recorrer ao Papa Francisco e à Igreja Católica procurando uma forma de solucionar o problema.

Segundo informações da agência vaticana Fides, Dr. Martín Graterol, traumatologista, foi o porta-voz do grupo e disse que através das cartas querem expressar seus sentimentos e o desejo de ver a intercessão do Santo Padre e do Bispo de Maracay, Dom Rafael Ramón Conde Alfonzo, para os pacientes, "para consentir o mais rápido possível, e com a ajuda de Deus, a solução ao grave problema da falta de material médico que existe nos hospitais".

No final de maio, a tragédia da escassez de remédios se tornou notícia internacional, ao ser divulgada a morte de Oliver Sánchez, um menino de 8 anos que comoveu milhões de pessoas ao sair pelas ruas com um cartaz pedindo para se curar ante a escassez de medicamentos.

Em março deste ano, o Arcebispo de Coro, Dom Roberto Lückert, pediu através das redes sociais um remédio que já não conseguia encontrar nas farmácias do país. Na Venezuela, "as pessoas estão morrendo por falta de medicamentos", disse na ocasião Dom Lückert ao Grupo ACI.

A Igreja na Venezuela solicitou repetidamente – sem resposta – ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que facilite um corredor humanitário para que Cáritas, com ajuda internacional, possa levar ao país alimentos, remédios e outros materiais necessários.

Depois de receber as cartas das mãos do Dr. Graterol, Dom Conde Alfonzo destacou que há venezuelanos em diversas partes do mundo dispostos a iniciar campanhas de coleta de medicamentos para enviá-los ao país. Todavia, destacou, o problema seria resolvido facilmente se o governo nacional permitisse que estes medicamentos entrassem no país.

"Até agora, o obstáculo foi a proibição do governo de aceitar ajudas do exterior", lamentou.

O Prelado assinalou: "Confiamos que o coração dos governantes não seja duro ao ponto de manter a proibição desta ajuda que nos é oferecida", conclui.

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