18 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco viaja à Armênia, o primeiro país que abraçou a fé cristã

Imagem referencial. Crédito: Daniel Ibáñez | ACI Prensa

O Papa Francisco visitará a Armênia, primeiro país cristão do mundo, de sexta-feira, 24, a domingo, 26, e fará uma homenagem às vítimas do genocídio – entre um milhão e meio e dois milhões de pessoas assassinadas – nas mãos dos Jovens Turcos que governaram o Império Turco entre 1915 e 1923.

Trata-se da 14º viagem do Papa Francisco e o 22º país que visitará e o lema oficial é "Visita ao primeiro país cristão", em referência à conversão de Armênia no ano 301 graças à São Gregório, o Iluminador.

O país europeu está localizado no Cáucaso Sul e faz fronteira com a Turquia ao oeste; com a Geórgia ao norte; Azerbaijão ao leste; e ao sul com Irã e República Autônoma do Naquichevão, pertencente ao Azerbaijão.

A homenagem às vítimas acontecerá na manhã do sábado no memorial de Tzitzernakaberd, um grande obelisco situado na capital do país, Yerevan.

No memorial, Francisco se encontrará com pelo menos 10 descendentes de armênios perseguidos que sobreviveram graças ao Papa Bento XV ao serem escondidos em Roma no Castelo de Sant'Angelo, muito próximo ao Vaticano.

Nesta homenagem, o Pontífice e o Catholicos da Armênia (Arcebispo e chefe da Igreja apostólica Armênia) serão acolhidos pelo presidente do país e encontrarão um grupo de crianças que levarão lembranças de 1915. Depois farão uma oração.

O país tem uma população de pouco mais de 3 milhões de pessoas das quais 280 mil são católicos.

Na apresentação da viagem, o porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, sublinhou que a visita terá duas etapas no Cáucaso, pois no final do mês de setembro o Pontífice visitará também Geórgia e Azerbaijão.

O Pe. Lombardi explicou que com a viagem "o Papa quer visitar a comunidade católica de Armênia para animá-la e manifestar ao povo sua proximidade, ajuda e amizade".

São João Paulo II também visitou este país em 2001, onde afirmou que a perseguição e o massacre foram um autêntico genocídio. Em uma declaração conjunta com o patriarca armênio, o Papa polonês disse: "O extermínio de um milhão e meio de cristãos armênios, o qual se considera geralmente o primeiro genocídio do século XX, e a seguinte aniquilação de milhares sob o antigo regime totalitário, são tragédias que ainda perduram na memória da geração atual. Essas pessoas inocentes assassinadas sem motivo não foram canonizadas, mas muitos deles foram certamente confessores e mártires em nome de Cristo".

Apoiando-se nestas palavras, o Papa Francisco qualificou também de genocídio no último dia 12 de abril de 2015 durante a Missa pelo centenário do martírio armênio na Basílica de São Pedro, no qual proclamou São Gregório de Narek como doutor da Igreja.

Suas palavras provocaram o aborrecimento e o protesto da Turquia (que não reconhece como genocídio o massacre causado pelos turcos) e chamaram o Núncio Apostólico no país para consulta.

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