5 de dezembro de 2024 Doar
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Basílica de Campinas é pichada com frase pró-aborto

Ao chegar para a Missa na manhã de domingo, 26, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, na Arquidiocese de Campinas (SP), os fiéis ficaram indignados ao deparar-se com pichações pró-aborto no templo. A expressão "aborto livre" foi escrita na entrada principal da Igreja e a frase "corpo livre" na parede lateral.

O ato de vandalismo foi realizado como um ataque frontal à postura da Igreja Católica em defesa da vida e sua reprovação à prática do aborto.

O clima entre os fiéis que se depararam com a pichação era de tristeza e indignação, conforme contou Ana de Oliveira ao portal G1 de notícias. "Uma judiação o que fizeram. Ninguém sabe quem foi, pois foi pichada durante a madrugada", declarou a senhora que costuma ir à Missa das 10h todos os domingos.

Ana expressou que diante do ocorrido pairou "um ar de tristeza e falta de respeito com a casa de Deus". "É um absurdo. Tem que ter respeito, né, com qualquer religião", acrescentou.

De acordo com o jornal local, 'Correio Popular', testemunhas afirmaram que quatro adolescentes que participavam da preparação para a Parada Gay no sábado, 25, por volta das 21h, picharam a Igreja, uma banca de jornal, o busto de César Bierrenbach e a porta de um restaurante japonês.

O templo está em fase final de restauração e a fachada foi concluída no ano passado. "Há oito anos lutamos para concluir a restauração do prédio. O imóvel já foi pichado duas vezes. Dessa vez escreveram 'Aborto Livre' na entrada e 'Corpo Livre' na lateral", declarou ao jornal o pároco, Cônego Jeronymo Antonio Furian.

Ataques a igrejas com frases e insultos pró-aborto se multiplicam no Brasil. No ano passado, ato semelhante aconteceu na Catedral da Sé da Arquidiocese de São Paulo, quando ativistas pró-aborto picharam o templo no dia 30 de novembro.

A pichação aconteceu depois de uma manifestação no centro da capital paulista contra projeto de lei 5.069/2013 que, entre outras medidas, dificulta o chamado aborto legal e restringe a venda de medicamentos abortivos no país. Entre as frases escritas nas paredes e portas da Igreja estavam: "Se o Papa fosse mulher, o aborto seria legal" ou "Tire seus rosários dos meus ovários".

O ocorrido gerou uma nota de repúdio da Arquidiocese de São Paulo ressaltando que "a liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja católica em nosso país, não justifica ato de vandalismo".

Na ocasião, por conta do ato de vandalismo, jovens católicos se uniram voluntariamente para limpar a Catedral e contaram com apoio do Arcebispo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.

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