ROMA, Jul 18, 2016 / 15:00 pm
O Vigário Apostólico de Anatólia, na Turquia, Dom Paolo Bizzeti, afirmou que após o fracassado golpe de Estado no país, é necessário recorrer a "arma do diálogo, que é a única que pode assegurar um viver de modo civil".
Em declarações à Rádio Vaticano, o prelado italiano declarou que "da parte da Igreja creio que será unânime o testemunho de que, justamente, é preciso abaixar os tons e que se deve buscar compreender quais são as causas deste mal-estar" que levou à tentativa de golpe.
A CNN Espanhol informou que o caos no país começou com uma tentativa fracassada de golpe durante uma noite em que reinou o caos e a violência.
Segundo a imprensa, os fatos deixaram cerca de 265 mortos e mais de 1.400 feridos.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu ao público para rejeitar a tentativa de golpe saindo às ruas, desafiando uma corte marcial e o toque de recolher imposto pelos militares.
Uma grande quantidade de pessoas saiu às ruas e no sábado o presidente disse que eles têm o controle do país.
No total, foram detidos mais de 7500 policiais, segundo o Ministério do Interior, e pelo menos 50 funcionários de alto escalão foram afastados de seus cargos. A mídia turca já havia informado que a corte nacional tinha decidido prender 41 dos 103 generais e almirantes detidos por tentativa de golpe.
Dom Paolo Bizzeti, Vigário Apostólico de Anatólia desde novembro de 2015, explicou que nestes momentos "é difícil, também para nós, compreender as dimensões reais desse confronto e, portanto, é preciso ser muito prudentes".
"Infelizmente – prossegue o Bispo – fomos ouvidos várias vezes nestes últimos tempos por uma série de fatos sangrentos, que já revelavam seguramente uma tensão dentro do país".
"Embora a grande maioria das pessoas seja seguramente pacífica e viva tranquilamente, não se pode negar que – nestes últimos tempos – tem sido praticada uma política de ódio, de confronto, e isso, evidentemente, a um certo ponto leva a uma deflagração maior", denuncia o Prelado.
Em seguida, o Bispo ressalta que "única coisa inteligente a ser feita é não exasperar os tons para reencontrar aquele mínimo de calma necessária para compreender as razões também de quem insurgiu".
Uma insurreição, conclui, "por quanto não se saiba ainda a dimensão, é seguramente sempre índice de um mal-estar. Por conseguinte, é preciso ir às causas desse mal-estar".
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- ACI Digital (@acidigital) 19 de abril de 2016
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