BILBAO, May 20, 2005 / 13:23 pm
O Presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e Bispo de Bilbao, Dom. Ricardo Blázquez, afirmou que a objeção de consciência pode ser utilizada para opor-se ao mal chamado “matrimônio homossexual”, porque se trata de um direito fundamental reconhecido pela Constituição espanhola e o projeto de Constituição Européia.
Em um artigo publicado em um jornal local, o Prelado recordou que a objeção de consciência é um direito reconhecido pela Constituição espanhola e o projeto da Constituição Européia, convertendo-se em “um avanço no respeito à dignidade da pessoa humana”.
Explicou que a objeção de consciência se dá quando “uma pessoa ou grupo de pessoas” padecem “um grave conflito moral entre o imperativo de uma lei civil e a voz de sua consciência”, motivado “por razões religiosas ou ‘filosóficas’”.
Acrescentou que para ninguém é “uma saída fácil” recorrer a este direito quando sabe que “se expõe a uma sanção legal”. Entretanto, Dom. Blázquez assinalou que embora “não esteja reconhecida na lei a cláusula de consciência”, a pessoa pode recorrer a ela porque “as leis civis estão sujeitas aos direitos fundamentais” como neste caso.
Com respeito à lei aprovada pelo Congresso de Deputados, que equipara as uniões homossexuais ao matrimônio, o Bispo explicou que se pretendeu “mudar a estrutura fundamental do matrimônio”, que é a união entre um homem e uma mulher, alterando o “sentido das palavras” e das coisas, forçando assim “uma nova definição”.
“De fato, a própria Real Academia da Língua expressou sua disconformidade, já que não é competência de um governo mudar o sentido das palavras”, afirmou.
Do mesmo modo, o Prelado recordou que a estrutura matrimonial está inscrita na natureza humana e permite ao homem e à mulher, diferentes “em todas as dimensões da sexualidade humana”, participar de uma complementaridade e abertura a “à transmissão da vida” que não podem achar os casais do mesmo sexo.
Dom. Blázquez afirmou que “o matrimônio é o âmbito onde os filhos são concebidos (...), criados e educados”. Acrescentou que “parecidas condições devem achar as crianças adotadas”.
“Matrimônio e família são instituições fundamentais da humanidade, pilares básicos da sociedade, que devem ser protegidas e cuidadas com respeito”, sentenciou.
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