PARIS, Aug 5, 2016 / 17:30 pm
Nesta semana, a notícia do violento desalojamento de uma igreja em Paris, França, deu a volta ao mundo, causando o repúdio e a indignação entre os católicos. A seguir, a verdade destes acontecimentos.
A igreja de Santa Rita está localizada no distrito 15 de Paris, no centro da capital francesa. Foi construída em 1900. Desde 1987 e até há algum tempo, era sede da chamada igreja galicana, formada por fiéis que se dizem católicos, mas que não aceitam a autoridade do Papa.
A igreja galicana abandonou o templo depois da ordem de demolição recebida há alguns meses, pois seus donos, a associação de Capelas Católicas e Apostólicas – que não pertence à Igreja Católica – vendeu os terrenos para alguns promotores imobiliários para a realização de um novo projeto no local.
No final de 2015, o sacerdote Guillaume Tanoüarn, fundador do Instituto do Bom Pastor, o qual está em comunhão com a Igreja Católica, decidiu ocupar ilegalmente a igreja Santa Rita para suas celebrações religiosas.
O Instituto do Bom Pastor é formado por sacerdotes em plena comunhão com a Santa Sé, entre eles alguns ex-integrantes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, conhecidos como lefebvristas. Uma das suas características é a celebração da Missa na forma extraordinária, segundo o Missal de 1962.
Os trabalhos para a demolição e construção no terreno onde está a igreja, indica um comunicado da Prefeitura de 3 de agosto, deviam ter começado em outubro de 2015, mas isto não foi possível devido "à presença de ocupantes sem direito nem título".
"Desde a cessão desta propriedade, uma cerca metálica foi colocada e alguns fiéis se reúnem no local, embora a igreja não esteja consagrada nem dedicada ao culto", precisa o documento.
A Associação de Capelas Católicas e Apostólicas obteve no dia 6 de janeiro de 2016 "a autorização judicial para realizar à expulsão de seus ocupantes" e, em 5 de julho, o Conselho de Estado ordenou à Prefeitura "que torne efetiva a força pública" para iniciar o desalojamento.
O porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, disse aos meios de comunicação que "as regras se aplicam, a lei é a lei para todo mundo". "Eu peço a todos que respeitem as regras", acrescentou.
Às 6h do dia 3 de agosto, dia no qual estava previsto o início da demolição do templo, o Pe. Tanoüarn celebrou uma Missa a portas fechadas, com uma barreira incluída para impedir o desalojamento.
Em seguida, o grupo de aproximadamente 30 pessoas que participou da celebração resistiu abandonar o local, com a consequente resistência com a forças de segurança.
A respeito destes fatos, a encarregada de Comunicação da Arquidiocese de Paris, Karin Dalle, disse ao Grupo ACI que "a igreja Santa Rita não pertence à Igreja Católica", deste modo, evitou fazer algum comentário a respeito.
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- ACI Digital (@acidigital) April 13, 2016
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