15 de novembro de 2024 Doar
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Tribunal húngaro reconhece inocência de sacerdote morto há 31 anos

Esta semana um advogado de 95 anos de idade recebeu a notícia mais esperada de sua vida, o Tribunal Supremo húngaro reconheceu a inocência de seu cliente: um sacerdote preso peo governo comunista em 1949 por uma acusação falsa de malversação de fundos.

Para a imprensa, Gyorgy Schirilla, é talvez o advogado de defesa ativo mais idoso da Hungria. Por 55 anos esperou resposta à apelação que apresentou no julgamento comunista contra o sacerdote Miklos Nagy.

"Estou feliz, valeu a pena, despois de tudo", declarou o advogado embora tenha lamentado que seu cliente não tenha sido reivindicado em vida. O Padre Nagy morreu há 31 anos.

O sacerdote foi torturado e preso durante três anos acusado falsamente de não depositar 24 mil dólares e 20 mil francos suíços de dinheiro da Igreja em uma conta bancária a tempo, quando as contas em moeda estrangeira foram congeladas.

O julgamento foi parte de uma campanha dos governantes da Hungria comunista contra a Igreja Católica e o Cardeal Jozsef Mindszenty.

O advogado lembrou que em uma visita a seu cliente, o Padre Nagy revelou que “sua maior pena não foi que lhe quebraram nove dedos, mas que depois de libertá-lo o mandaram servir (apesar de ser sacerdote) ao lugar mais afastado do país".

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