18 de dezembro de 2024 Doar
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Presidente da Colômbia mente ao dizer que não promove a ideologia de gênero, denunciam

Ángela Hernández, deputada da região de Santander, afirmou que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, mentiu quando disse que o governo não promove a ideologia de gênero; e denunciou que os meios de comunicação tentaram minimizar as marchas multitudinárias que aconteceram na última quarta-feira em todo o país.

Em declarações à imprensa, o mandatário afirmou na quinta-feira, 11 de agosto, que "o Ministério de Educação e o Governo nacional não implementaram, nem promoveram ou promoverão a ideologia de gênero".

 

Esta ideologia promove a homossexualidade e o lesbianismo; e considera que o sexo é uma construção social e não um fato natural ou biológico.

Santos fez esta declaração depois de se reunir com o Arcebispo de Bogotá, Cardeal Rubén Salazar, o Núncio Apostólico na Colômbia, Dom Ettore Balestero, e o Bispo Militar, Dom Fabio Suescún.

A Deputada Ángela Hernández, uma das maiores críticas dos manuais elaborados pelo Ministério de Educação, disse ao Grupo ACI que o Presidente Santos "está mentindo. Hoje, quando com contundência foram mostradas as cartilhas, foram denunciados e milhares de pessoas saíram às ruas, o governo apareceu para dizer que tais cartilhas não existem e que ignoram que é a ideologia de gênero".

"Lamentamos não ter um Presidente a favor da família, com a atitude de reconhecer que houve um erro no Ministério de Educação que pode ser corrigido, evitando que a ideologia de gênero seja imposta e respeitando o direito que os pais têm de educar os seus filhos", acrescentou.

Sobre a cobertura dos meios de comunicação na Colômbia, a deputada disse que "nunca houve uma marcha na proporção de ontem [quarta-feira]. Saíram todos, cristãos, católicos, docentes, reitores, pais de família; e hoje [quinta-feira] os meios de comunicação se referem a eles como 'coitadinhos, pois estão desinformados'".

A parlamentar indicou que "os meios de comunicação minimizaram as marchas, isolaram o tema. Há um problema neles. Se não fosse pelas redes sociais não saberiam a verdade".

Entre os participantes da marcha, continuou, havia "pais de família que pediram permissão em seus trabalhos, que gastaram seu dinheiro para fazer camisas, bandeiras, entre outros; que saíram com seus filhos para pedir que não haja esta imposição; e hoje são chamados mentirosos e desinformados, também pelo governo".

Em seguida, Hernández disse ao Grupo ACI que os que promovem uma visão ideologizada da educação das crianças "também querem impor os banheiros unissex, para que sejam mistos, porque segundo a ideologia de gênero não há homens nem mulheres".

O texto do Ministério de Educação em convênio com a ONU

O Ministério de Educação assinou um acordo com três instituições da ONU: UNICEF, que é o Fundo das Nações Unidas para a Infância; UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas; e PNUD, o Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento; que elaboraram o texto "Ambientes Escolares Livres de Discriminação".

O valor do convênio, do qual a organização 'Colômbia Diversa' faz parte, que integra o lobby gay no país, é de 1.586.728 milhões de pesos, ou seja, mais de meio milhão de dólares.

O texto, assinala um comunicado da ONU, foi publicado por esta organização "sem contar ainda com a autorização do Ministério de Educação Nacional para sua publicação e distribuição, pois este é um documento em construção".

"O documento é uma ferramenta de trabalho, produto do convênio, desenhado para consulta de professores e reitores", explica o comunicado, que não menciona em nenhum momento os pais de família.

O texto de 93 páginas que gerou o rechaço dos pais de família é intitulado "Ambientes Escolares Livres de Discriminação" com subtítulo "Orientações sexuais e identidades de gênero não hegemônico na Escola. Aspectos para a reflexão".

Na página 11, afirma que a promoção da ideologia de gênero permitirá construir "ferramentas para impulsionar com vigor o reconhecimento e a garantia dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos".

Este último termo é usado geralmente pelo lobby anti-vida para promover o aborto e os anticoncepcionais.

Sem nenhuma referência científica, na página 15, o texto define o sexo: "tradicionalmente compreendemos que o sexo determina a condição de ser mulheres ou homens, entretanto isto não é assim".

Sobre o gênero, afirma que este "pode se entender como o conjunto de construções socioculturais que determinam a forma de ser homens ou mulheres em um tempo e uma cultura específicas. Isto significa que tais construções não são fixas, mas que podem mudar e serem transformadas".

O Ministério de Educação atualmente é liderado pela Ministra Gina Parody, que tem um relacionamento com a Ministra de Comércio, Cecilia Álvarez.

Em uma recente entrevista que deram juntas ao jornal 'El Tiempo', Álvarez assinala: "ao presidente (Santos), um agradecimento infinito pela mensagem que está dando à sociedade. É um homem liberal. Inclusive quando nomeou a Gina e me ofereceu o ministério, eu disse: mas eu não posso assumir, porque sou companheira de Gina. E me disse: 'e isso representa algum impedimento legal?'".

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Por sua parte, Gina Parody explicou: "Nós falamos acerca deste tema com ele abertamente. E ele é bem solidário (…) Que ele sabia sobre a nossa condição e falamos com ele tranquilamente, eu acredito que foi muito importante para nós, para a família e para o país".

O protesto é a favor das crianças e da família

A Deputada Ángela Hernández explicou ao Grupo ACI que "em nenhum momento nossa Constituição nem a lei aceita a ideologia de gênero".

Por isso "entristece a nossa alma o fato de que o Ministério da Educação queira impor às crianças um pensamento como este, o qual mostra que uma pessoa não nasce homem ou mulher, mas isso é uma construção da sexualidade".

Com as marchas, prossegue, "estamos advertindo que existe uma violação dos direitos, especialmente uma violação dos direitos dos pais de educar e formar sexual e moralmente os seus filhos".

"Aqui não há discriminação. Ante as opções sexuais das pessoas maiores de idade, não temos nada a dizer. Este não é um protesto contra ninguém, somente a favor das crianças da Colômbia e da família", concluiu.

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