22 de dezembro de 2024 Doar
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Autoridade vaticana pede rezar pela Venezuela: Há grande sofrimento na população

Cardeal Pietro Parolin | Flickr do UK in Holy See (CC-BY-NC-2.0)

O Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, pediu no sábado, 13, rezar para que a Venezuela encontre soluções pacíficas para a atual crise, pois o país sul-americano "atravessa por graves dificuldades sociais, políticas e econômicas, que estão causando grande sofrimento à população".

O Purpurado fez este apelo durante a Missa por ocasião do 36ª Tendópole dos Jovens no Santuário de São Gabriel, na localidade italiana de Áquila, e organizado durante o Ano Santo da Misericórdia, com o tema "A misericórdia se fez tenda". Centenas de jovens provenientes da Itália, Venezuela e Colômbia participaram do evento.

Segundo informações da Rádio Vaticano, em sua homilia, o Cardeal Parolin transmitiu a bênção e as saudações do Papa Francisco e recordou os anos transcorridos na Venezuela como Núncio Apostólico. "Sabemos que a Venezuela atravessa por graves dificuldades sociais, políticas e econômicas, que estão causando grande sofrimento à população", assinalou.

Por isso, o Secretário de Estado Vaticano convidou a rezar pelos venezuelanos e para que "os protagonistas da vida pública e os componentes da sociedade sejam sábios e corajosos para encontrar soluções pacíficas para a presente crise e que prevaleça em todos o sentido do bem comum, da justiça, da solidariedade e do amor!".

A crise política da Venezuela se agravou no último dia 9 de agosto, quando a responsável pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, anunciou que, caso fossem cumpridos todos os requisitos, o abaixo-assinado de 4 milhões de assinaturas necessárias para ativar o referendo revogatório se realizaria no final de outubro.

A iniciativa para revogar o governo de Nicolás Maduro foi apresentada pela Mesa da Unidade Democrática no último mês de maio com mais de um milhão e meio de assinaturas, mas para poder convocar novas eleições, a consulta popular deve ser realizada em 2016, antes que o regime complete a metade do período atual.

Entretanto, depois do anúncio de Lucena, o referendo poderia ser adiado até janeiro ou março de 2017. Deste modo, caso perca a consulta, Maduro somente seria substituído pela vice-presidente.

No dia 12 de julho, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) assinalou que a raiz da crise está na imposição de um sistema totalitário e indicou que o CNE "tem a obrigação de cuidar do processo do referendo revogatório para que este seja realizado neste ano".

Em sua declaração, os bispos advertiram que na Venezuela a democracia "está rachada" e assinalaram que impedir ou atrasar este referendo "com múltiplas barreiras é uma medida absurda, pois coloca em perigo a estabilidade política e social do país, com consequências fatais para pessoas, instituições e bens".

Além disso, reiteraram seu apelo ao governo a fim de que permita a entrada de medicamentos no país e ofereceram "os serviços e infraestrutura da Cáritas e de outras organizações eclesiásticas". "Este serviço não é a solução definitiva, mas oferece uma ajuda significativa", assinalaram.

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