21 de novembro de 2024 Doar
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Papa se nega a intervir em seleção de juízes de paz na Colômbia

Papa Francisco. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

A Santa Sé enviou um comunicado através da Secretaria de Estado no qual informa que o Papa Francisco rechaçou nomear um representante "para o comitê de seleção dos magistrados que comporão a jurisdição especial para a paz" depois do acordo entre o governo colombiano e os terroristas das FARC.

Este tribunal julgará os delitos graves desde que o conflito armado começou em 1960.

"No último dia 12 de agosto, Sua Santidade foi convidado a nomear um representante para participar do Comitê de seleção dos Magistrados que comporão a Jurisdição especial para a paz". Entretanto, "considerando a vocação universal da Igreja e a missão do sucessor de Pedro como Pastor do Povo de Deus, seria mais apropriado que esta tarefa seja confiada a outras instâncias".

Sobre o recente acordo de paz alcançado entre o governo da Colômbia, liderado pelo presidente Juan Manuel Santos, e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o texto afirma que "o Santo Padre se alegra com a notícia do fechamento das negociações entre o Governo e as FARC-EP, como conclusão do intenso processo realizado nos últimos anos, e reitera seu apoio ao objetivo de alcançar a concórdia e a reconciliação de todo o povo colombiano, à luz dos direitos humanos e dos valores cristãos que estão no centro da cultura latino-americana".

Por sua vez, Francisco "encomenda o processo de paz na Colômbia à materna proteção da Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, e invoca o dom do Espírito Santo para que ilumine o coração e a mente daqueles que estão chamados a construir o bem comum da nação colombiana".

O Santo Padre já expressou sua alegria durante o voo que o levou da Armênia a Roma no último mês de junho, um dia depois do anúncio do cessar-fogo definitivo.  "Mais de 50 anos de guerra, de guerrilha; tanto sangue derramado. Foi uma bela notícia", disse na ocasião.

O Papa também mostrou em diversas ocasiões o desejo de visitar a Colômbia o antes possível, mas somente se houver um acordo de paz no país. Assim o afirmou em janeiro deste ano em Roma o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga.

O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, também afirmou em junho: "os colombianos sabem que o Papa irá à Colômbia".

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