ROMA, Sep 13, 2016 / 16:30 pm
No sábado, 10 de setembro, o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, ordenou Dom Pierbattista Pizzaballa como Arcebispo, depois que foi nomeado Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém na Terra Santa.
“Tantos corações na Terra Santa, e especialmente na região do Patriarcado Latino, têm sede de justiça e de paz”, disse o Cardeal em sua homilia da Missa que presidiu na Catedral de Bérgamo, no norte da Itália.
“Ser Bispo da Igreja Latina em Jerusalém, administrá-la em nome do Santo Padre, assim como guiar a Assembleia de Ordinários Católicos da Terra Santa, é certamente uma tarefa árdua, mas pode ser vivida com muita de alegria e serena determinação, porque está ancorada na Palavra do Senhor e não em nossos projetos humanos”, afirmou o purpurado.
Dom Pizzaballa, de origem italiana, serve na Terra Santa desde 1999, onde desempenhou o cargo de Custódio Franciscano da Terra Santa por 12 anos, até o mês de abril deste ano e em junho foi nomeado pelo Papa Francisco Administrador Apostólico (temporário) até a nomeação do novo Patriarca Latino de Jerusalém, depois da renúncia de Sua Beatitude Fouad Twal por haver alcançado o limite de idade de 75 anos.
A respeito do seu serviço na Terra Santa, o Cardeal Sandri assinalou: “na fé queremos renovar a consciência que nesses lugares, sob os frutos do pecado, da violência e da miopia de muito homens e de muitos poderes do mundo, permanece a fonte colocada por Deus, que brota para dar alívio e fertilidade. É a mesma presença de Jesus que é o Vivente”.
Também indicou que por isso “o único instrumento em nossas mãos para evitar que os cristãos deixem o Oriente Médio ou não tenham projetos claros é encontrar sempre formas, antigas ou novas, para ser uma Igreja que esteja aberta, que tenha no coração a promoção de espaços de encontro e reconciliação”.
A paz e a justiça são “dimensões fundamentais da vida humana e antes de reivindicar como direito dos outros, devem desejar e trabalhar nas relações dentro da Igreja e entre as Igrejas, assim como com os judeus e muçulmanos”.
Em seguida, o Cardeal encorajou o novo Administrador Apostólico e desejou “que o seu episcopado seja capaz de colocar-se a caminho, como está representado na Basílica da Natividade, a fim de conduzir o rebanho que te confiaram para encontrar, reconhecer e servir o Verbo da vida; tenha a valentia de colocar sempre a própria mão, como Tomé, no lado transpassado de Cristo Crucificado e Ressuscitado, para ser confirmado e confirmar na fé aos irmãos. Que seja um ministério de luz e de beleza, que não se assusta ante os desafios que se apresentam”.
Por outro lado, agradeceu a todas as pessoas que se esforçam por sustentar a vida da Igreja na Terra Santa.
O novo Arcebispo escolheu para seu brasão a representação da cidade de Jerusalém, tal como era na Idade Média e o símbolo franciscano dos braços de Cristo e de São Francisco de Assis com os estigmas. Seu lema é “Mea sufficit tibi gratia” (Basta-te a minha graça) recordando uma frase de São Paulo na Segunda Epístola aos Coríntios.
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